domingo, 1 de junho de 2014

Brasil

Júlio César: Experiente guarda-redes, vai estar presente pela terceira vez (e muito provavelmente, última) num Campeonato do Mundo. Depois de 2006 e 2010 (onde foi apontado como sendo um dos principais responsáveis pela eliminação brasileira nos quartos-de-final, frente à Holanda), chega ao Mundial brasileiro com a expectativa de ser titular, apesar da concorrência ser bastante apertada/forte.
Actualmente, joga no Toronto FC, equipa canadiana que actua na MLS, estando emprestado pelo Queen´s Park Rangers. Não está, em teoria, num dos campeonatos mais competitivos do futebol mundial mas, ainda assim, tem jogado com regularidade. Depois de ter passado parte importante da carreira em clubes de grande nomeada como o Flamengo ou o Inter, Júlio César conhece agora outros relvados, embora ainda mostre qualidade para representar emblemas de topo.

Esquerdino, Júlio César revela-se um guardião ágil, com muito bons reflexos, embora já não tenha a rapidez de reacção de outros tempos. Por vezes, o excesso de espectacularidade nalgumas defesas expõe-o ao risco, mas por norma essa facilidade em esticar-se para afastar uma bola acaba por ser mais benéfica para a sua equipa. Tem condições para assumir a baliza brasileira? Sem dúvida, até porque foi eleito o melhor guarda-redes da recente Taça das Confederações. Porém, o facto de ter estado algum tempo sem jogar e de haver mais guarda-redes em boa forma pode dificultar-lhe o caminho...

Jefferson: Aos 31 anos, chega ao Mundial em excelente forma. Autor de uma primeira metade do ano notável, Jefferson parece ser um sério candidato a poder assumir a baliza brasileira, caso Júlio César não esteja nas melhores condições. O keeper do Botafogo, formado no Cruzeiro de Belo-Horizonte, chegou mesmo a assumir a baliza do Brasil nalguns particulares recentes, o que mostra que Scolari confia nele.

Alto (1,88 m), robusto e elástico, o guarda-redes do Fogão é um dos melhores do Brasileirão, tendo-se exibido quase sempre a grande nível ao longo das últimas épocas. Dado que se revela bastante ágil e corajoso entre os postes, pode ser considerado um elemento decisivo no conjunto carioca e eventualmente muito útil para defender as redes do Escrete.

Victor: Outro guarda-redes do grupo dos trintões (31 anos) e joga num dos principais clubes do Brasileirão, actual campeão sul-americano (Atlético Mineiro). Com passagens pelo Paulista e Grémio, Victor assentou agora arraiais em Belo-Horizonte, sendo que foi considerado um dos heróis da conquista da Libertadores no ano passado, sobretudo devido aos pénaltis defendidos em momentos decisivos.

Guarda-redes de estatura elevada (1,93), possante e experiente, Victor é conhecido como A Muralha Alvinegra, devido aos bons reflexos que possui, à maneira como tapa bem todos os ângulos possíveis de remate aos seus adversários e à maneira como muitas vezes parece defender algumas bolas de improviso, sem beleza mas com muita eficácia.

Dani Alves: Um dos melhores laterais-direitos do Mundo. Formado no Esporte Clube da Bahia, saiu em 2002 para o Sevilha, tendo regressado ao Brasil de seguida, tendo representado o Bahia e o maior rival, Esporte Clube Vitória. Depois dessa experiência, regressou a Sevilha e nunca mais saiu do território, representando o Barcelona desde 2008.

É, sem dúvida, um dos laterais mais interessantes do futebol actual, peça-chave do sucesso culé ao longo dos últimos anos. Na selecção brasileira, tem sido opção regular nos últimos tempos, o que indicia que finalmente possa assumir a condição de titular num Campeonato do Mundo (em 2010, o titular era Maicon).

Lateral de projecção ofensiva, Dani Alves quase parece um ala, pela maneira como apoia constantemente o ataque. Dá profundidade, largura e compensa bem na transição defensiva. Dono de um bom pé direito, cruza bastante (embora ainda possa melhorar algo nesse capítulo), é capaz de fazer incursões por dentro para procurar o remate e até se revela capaz de bater bolas paradas.

Maicon: Lateral-direito experiente e de grande qualidade, esteve parado durante parte da época, o que poderia supor um contratempo para a sua inclusão na comitiva brasileira. Porém, desde que regressou, tem feito exibições muito interessantes e parece não ter acusado a longa paragem.

Jogador de uma projecção ofensiva notável, Maicon é um dos laterais mais fiáveis do futebol europeu. Este ano, quando jogou, a Roma saiu quase sempre a ganhar. Capaz de dar profundidade, sobe várias vezes até ao meio-campo contrário, procurando dar uma assistência e podendo até flectir por dentro para tentar o remate. Fisicamente é um jogador possante, o que ajuda também no processo de recuperação defensiva.

Dono de uma carreira invejável, pode ter neste Mundial umas das últimas grandes oportunidades para conquistar mais um grande título, ele que já tem uma Champions no seu currículo (2010, ao serviço do Inter).

Thiago Silva: Sem dúvida, um dos melhores defesas-centrais da actualidade. Capitão da Canarinha e do PSG, Thiago Silva chega a este Mundial com um estatuto impressionante e claramente desejoso de poder vir a levantar a taça Jules Rimet no próximo dia 12 de Julho.

Enquanto capitão da equipa brasileira, Thiago Silva vai ter de servir de referência para os restantes companheiros, uma espécie de farol dentro das quatro linhas. Defesa imperial e soberbo, realizou uma época muito positiva ao serviço do PSG, embora não esteja coibido de alguns erros em determinados jogos (por exemplo, o pénalti cometido frente ao Chelsea na Champions League).

Rápido, fortíssimo em antecipação, com bom sentido posicional, imperial no jogo aéreo e nas disputas físicas, Thiago Silva é uma marca de confiança para todos os brasileiros. Se há jogador a quem a palavra "patrão" assenta na perfeição, este é, definitivamente, um desses casos.

David Luiz: Defesa-central que também pode jogar como trinco, David Luiz chega a este Campeonato do Mundo sem o seu estatuto definido. Em teoria, e se pegarmos no exemplo da Taça das Confederações, a escolha de Scolari irá recair em Dante, mas o jogador do Chelsea é, de facto, uma opção muito válida.

Formado no Vitória da Bahia e lançado para a ribalta pelo Sport Lisboa e Benfica, David Luiz é um defesa robusto, com boa saída de bola, capaz de iniciar bem o momento de construção e com boa meia-distância. Defensivamente, tem características interessantes, é rápido, forte no desarme, embora tenha sempre uma tentação suicida para perder bolas em momentos inconvenientes, sob pressão dos adversários.

Em vários jogos como médio-centro, mostrou-se um jogador correcto do ponto de vista defensivo, agressivo na recuperação, embora longe de ser um organizador de jogo. Por vezes, arrisca demasiado nas subidas, o que pode deixar a equipa exposta.

Dante: Titular no campeão alemão Bayern e na selecção canarinha durante a Taça das Confederações, tem a possibilidade de repetir a titularidade neste Mundial. Central experiente, só chegou ao topo da carreira aos 30 anos, o que não deixa de ser um dado interessante. Depois de um 2013 recheado de conquistas, tanto ao nível do clube como da selecção, Dante entra em 2014 com o estatuto de central titularíssimo de um dos melhores clubes do Mundo.

Como central tem qualidades notáveis, que vão desde o bom jogo aéreo até à saída de bola, revelando bastante acerto ao nível do passe, tanto curto como longo. Esta época, porém, ficou associado, juntamente com Boateng, a algumas falhas defensivas graves do Bayern, do meu ponto de vista mais consequência de erros estruturais do que individuais.

Em suma, Dante é um defesa-central completo, fisicamente disponível e com boa presença, se bem que por vezes exponha um pouco as suas costas, sobretudo quando nos momentos de transição defensiva. Ainda assim, diria que é um jogador com nível para ser titular nesta selecção, sobretudo tendo como companheiro um defesa tão sóbrio e eficaz como Thiago Silva.

Henrique: Central recrutado pelo Nápoles a meio da temporada, foi uma das grandes surpresas da lista de Scolari, que certamente contará com a sua polivalência, aliada ao conhecimento que o Sargentão possui do jogador, dado que o treinou no Palmeiras. É um defesa forte fisicamente, cumpridor em termos posicionais e que tem um bom desarme. Gosta de sair a jogar e possui um interessante remate de meia-distância. Claramente uma aposta pessoal do seleccionador brasileiro.

Maxwell: Lateral experiente e com carreira larga em alguns clubes de topo do futebol europeu (Ajax, Inter, Barça e agora PSG), é uma opção regular nas convocatórias de Scolari. Defensivamente competente, revela uma agressividade muito útil nas marcações. Além disso, é um jogador que dá largura do lado esquerdo e apoia bem o ataque, sacando alguns cruzamentos para golo. Decisivo nalgumas partidas do PSG esta época explorando o seu pé esquerdo, pode muito bem vir a ser peça-chave desta equipa, embora a concorrência seja apertada.

Marcelo: Um dos melhores laterais-esquerdos do mundo, teve, porém, uma época irregular ao serviço do Real Madrid. Formado no Fluminense, Marcelo revela-se um lateral acutilante a explorar o corredor esquerdo em fase/transição ofensiva, dado que tem velocidade, presença e qualidade de passe e cruzamento. Tecnicamente dotado e potente, quando em boa forma, revela-se precioso nas ajudas ao ataque.

Em termos defensivos, é um jogador que algumas vezes paga o excesso de ousadia quando sobe no terreno, deixando algum espaço nas suas costas. Na sua melhor condição, porém, tem na velocidade uma boa arma para recuperar no plano defensivo. Além disso, é um jogador agressivo e vigoroso nas marcações quando bem posicionado, o que ajuda a equilibrar a equipa e fechar bem o sector.

Fernandinho: Médio-centro de grande qualidade técnica e disponibilidade física, pode muito bem vir a ser uma das boas surpresas brasileiras neste Mundial. Depois de uma época sensacional ao serviço do Manchester City (com um título conquistado em ano de estreia na Premier League), Fernandinho chega ao Campeonato do Mundo com a ambição de conseguir tornar-se num indiscutível da formação orientada por Luiz Felipe Scolari.

Fernandinho destaca-se pela maneira como sai a jogar com segurança, sobretudo ao nível do passe e pela forma como aparece muitas vezes na segunda linha, ajudando na construção ou podendo ficar em condições de rematar à baliza. Defensivamente, poderia ser um jogador mais completo, visto que não é de facto um médio muito posicional. Imagino que, a entrar no onze de Scolari, seja ao lado de um médio com um perfil mais defensivo...

Luiz Gustavo: Um provável titular da Canarinha. Médio-defensivo completo e versátil, Luiz Gustavo chega a este Campeonato do Mundo motivado por uma excelente época a nível individual ao serviço do Wolfsburgo. Titular regular no 5º classificado da última Bundesliga, o jogador formado no Corinthians Alagoano destaca-se pela sua qualidade na saída de bola, tanto em passe curto como longo e por ser um jogador regular do ponto de vista defensivo.

Luiz Gustavo é um trinco inteligente e disponível do ponto de vista físico, que ainda pode desempenhar as funções de defesa-central e lateral. É um jogador completo no desempenho das suas funções e que se revela essencial nas compensações defensivas, dobrando várias vezes os laterais. Na Selecção, costuma ser uma espécie de guarda-costas de Paulinho.

Paulinho: Apesar da época de utilização intermitente ao serviço do Tottenham, parte como sendo um dos potenciais titulares do Brasil na Copa. Jogador de grande qualidade técnica e que sobe muito bem no terreno, Paulinho poderá assumir-se como uma peça fundamental desta selecção brasileira, tal como já o foi na última Taça das Confederações.

Formado no modesto Pão de Açúcar, explodiu em definitivo ao serviço do Corinthians, onde esteve de 2010 a 2013. É um médio-centro rápido, que aparece muito bem na segunda linha, criando desequilíbrios junto da linha defensiva contrária. Além disso, mostra predicados no passe e também no remate à entrada da área e mesmo em plena área. Defensivamente, revela qualidades, dado que é um jogador combativo e robusto. Porém, destaca-se mesmo é na fase de construção e da criação de movimentos de ruptura. Jogador potencialmente essencial para o sucesso brasileiro neste Mundial.

Ramires: Conhecido como Queniano, o médio do Chelsea revela uma disponibilidade física e táctica verdadeiramente brutal. Em teoria, não partirá como titular para este campeonato do Mundo, mas a sua polivalência poderá vir a ser muito útil ao longo desta prova. Ramires pode actuar tanto na sala de máquinas da equipa como na ala direita, mostrando sempre uma capacidade de trabalho notável e inexcedível.

Formado no Joinville, deu o salto para a Europa (Benfica) depois de 3 anos tremendos ao serviço do Cruzeiro. Já aí revelava algumas das qualidades que o distinguem actualmente: rapidez, disponibilidade física, capacidade de sacrifício e critério no passe. Defensivamente, revela-se um jogador muito útil e não sendo um construtor de jogo, apoia bem na 2ª linha, graças à sua boa qualidade de passe. Em termos de remate, demonstra qualidade, sobretudo na meia-distância e em alguns lances de cabeça na área contrária.

Oscar: Um dos jogadores mais talentosos da nova geração brasileira. Campeão do Mundo de sub-20 em 2011, após uma dramática final contra Portugal, Oscar aproveitou essa montra para se mostrar à Europa e, um ano mais tarde, garantiria milionária transferência para o Chelsea. Já consolidado no futebol europeu, Oscar tem tido uma utilização regular nos blues, embora nem sempre tenha sido titular ao longo da temporada que agora finda.

Médio-ofensivo de fino recorte técnico, o jogador formado no São Paulo e formatado no Internacional de Porto Alegre pode ainda jogar mais descaído numa ala ou até como segundo-avançado. Comparado muitas vezes a Kaká, Oscar revela atributos verdadeiramente notáveis do ponto de vista técnico. Conduz o jogo com muita elegância, tem velocidade, finta e uma visão de jogo notável. Falta-lhe porém um pouco mais de maturidade para enfrentar alguns jogos mais difíceis, nos quais, por vezes, ainda se vai um pouco abaixo. Um craque dos bons, pronto a ajudar a sua selecção a chegar o mais longe possível neste Mundial.

Willian: Agarrou o lugar na Canarinha depois de uma época soberba ao serviço do Chelsea, para onde se transferiu em Agosto, proveniente do Shakhtar Donetsk. A sua progressão foi absolutamente notável ao longo deste último ano, tendo passado a ser um jogador muito mais disponível do ponto de vista defensivo, revelando uma abnegação extraordinária em todos os lances que disputa. Já na Ucrânia lhe eram reconhecidas as qualidades técnicas, mas depois da experiência com Mourinho passou a ser um jogador mais completo no plano táctico também.

Hábil com a bola nos pés, Willian dá um grande sentido às acções de construção nas quais participa, procurando muitas vezes movimentos de ruptura de fora para dentro, algo que já fazia muito na Ucrânia. Defensivamente, cresceu muito com Mourinho, tornou-se um jogador mais completo e solidário. Como disse o técnico português, só lhe falta mesmo marcar mais golos. Veremos se na Canarinha terá oportunidades...

Hernanes: Transferido em Janeiro da Lazio para o Inter, não se conseguiu afirmar em definitivo nos últimos 5 meses da temporada ao serviço dos nerazzurri. É um médio-ofensivo criativo e que se destaca, sobretudo, pela sua facilidade em rematar com os dois pés. Tem uma meia-distância excelente, o que lhe permite ajudar a desbloquear vários compromissos bastante complicados.

Além disso, revela boa técnica em espaços curtos, qualidade no passe e passada larga em condução. Defensivamente, não é um jogador muito completo e com poucos espaços, mostra algumas dificuldades em criar jogo. Chega ao Mundial com estatuto de suplente, mas pode vir a ser uma boa opção em certos e determinados encontros.

Neymar: O craque do Brasil para este Mundial. Formado na Vila Belmiro, mítica casa do Santos, o astro do Barcelona é actualmente um dos jogadores mais badalados do futebol mundial. Tecnicamente dotado e com uma velocidade na condução e finta absolutamente notável, Neymar procura nesta competição a afirmação definitiva, uma medalha de ouro que lhe sirva como uma espécie de pontapé de saída para uma carreira gigante.

Ao serviço do Barça, teve os seus altos e baixos, mas houve momentos em que conseguiu, de facto, mostrar as qualidades que levaram o clube catalão a recrutá-lo no último Verão. Além da já falada qualidade técnica e velocidade, Neymar revela predicados no um-para-um, na finta, no arranque, passe e finalização. Capaz de inventar golos do outro mundo, falta-lhe só crescer um pouco mais para o jogo em termos tácticos, algo que na Seleção até nem terá de fazer, visto que o seu papel é pensado sobretudo para fazer crescer a equipa no ataque.

Depois de ter rubricado uma Taça das Confederações sensacional no ano passado, chegou o tão desejado Campeonato do Mundo e Neymar poderá provar ao Mundo, mais uma vez, que é o baluarte máximo desta nova geração brasileira. Talento não lhe falta, resta saber se, psicologicamente, irá conseguir lidar bem com a pressão de liderar o ataque de uma das candidatas ao título...

Hulk: Explosivo, desequilibrante, potente: estes podem ser alguns dos adjectivos utilizados para descrever Givanildo Vieira de Souza. O avançado do Zenit pode muito bem vir a ser uma das figuras deste Mundial. A sua qualidade no um-para-um, a finta e arranque brutais e a potência de remate podem desequilibrar qualquer partida de futebol. Individualmente, é dos jogadores mais poderosos do futebol mundial na actualidade, o que diz bem da importância que ele pode ter para a equipa de Scolari.

Forte a explorar diagonais de fora para dentro, o natural de Campina Grande é um extraordinário rematador, preferencialmente com o pé canhoto, embora também atire bem com o direito. É um jogador agressivo, insistente nas marcações e muito esforçado. Por vezes, tem actuações onde sobressai o individualismo, algo que não acontecerá muito na Seleção, até porque o Sargentão prefere ver as suas equipas a actuar como um colectivo forte.

Fred: Tem passado mais tempo no estaleiro do que em actividade nos últimos meses, se bem que tenha recuperado agora no início do Brasileirão, precisamente a pensar na Copa. Aos 30 anos, o Rei das Laranjeiras chega à principal competição de futebol do Mundo pronto para ser o matador de que o Brasil precisa, apesar do último ano relativamente irregular. O ano passado foi desde goleador da Taça das Confederações até ao inferno da descida em campo, ao serviço do Fluminense (descida essa anulada, entretanto, em tribunal).

Como "9" de área, Fred costuma ser um predador, um jogador importante pela sua presença e maneira como define as jogadas, à ponta-de-lança da velha guarda. Além disso, é um excelente pivot dentro da área, garantindo apoios ao primeiro toque, essenciais para criarem uma segunda via de remate/golo. Forte pelas alturas e de remate fácil, resta saber se chegará a este Mundial em boa forma. Se o conseguir, acredito plenamente que o Brasil possa ter aqui um possível goleador do Hexa...

Jô: A alternativa a Fred. Depois de já ter corrido quase meio Mundo no futebol, estabeleceu-se no Atlético Mineiro e conquistou em definitivo um lugar nas preferências de Luiz Felipe Scolari. Sendo um avançado poderoso e bastante alto, não surpreende que o seleccionador brasileiro tenha optado por ele para esta convocatória. Canhoto, é um bom rematador de área, tanto com o pé como com a cabeça. Pode parecer inestético mas tem uma recepção de bola interessante e consegue dar muitas vezes a volta aos centrais contrários para arranjar um espaço para rematar. Ultimamente tem tido alguns problemas físicos, mas chegará a este Mundial em perfeitas condições.

Bernard: Um dos jogadores mais virtuosos da Canarinha. Hábil com a bola nos pés, este ala/médio-ofensivo central deverá começar o Mundial como suplente, mas sempre pronto a espreitar uma oportunidade a qualquer momento. Suplente utilizado durante quase todo o ano no Shakhtar, o franzino jogador de 21 anos revela sempre qualidades interessantes: ágil, rápido, move-se com destreza pela segunda linha do meio-campo, revelando características interessantes ao nível do passe e remate. Não vem de um ano particularmente feliz, mas ainda assim pode vir a revelar-se útil para Scolari.


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