sábado, 14 de junho de 2014

Argentina

Sergio Romero: Mal jogou esta época e a sua chamada foi super-criticada por adeptos e imprensa argentina. Chega ao Brasil sem grandes rotinas mas é nele que estão depositadas as confianças para evitar golos adversários. Guarda-redes de bons reflexos e autor de algumas boas épocas no passado, nem sempre revela segurança nas suas actuações. Veremos se conseguirá superar-se e surpreender o Mundo...

Mariano Andújar: Garantia de agilidade e grandes defesas, realizou 25 jogos esta época, ao serviço do despromovido Catania. Talvez merecesse mais a titularidade que Romero, mas Sabella prefere o keeper monegasco. Será o teórico concorrente directo do principal guarda-redes da selecção argentina.

Agustín Orión: Guarda-redes inteligente, ágil e com boa colocação, deverá ser o terceiro na hierarquia de Sabella. Experiente, é o dono das redes do Boca Juniors de há uns anos a esta parte. Habituado a estar em campo, poderá vir a revelar-se útil caso os outros guarda-redes sofram contratempos durante a Copa...

José Basanta: Não é o central mais seguro do Mundo e vale sobretudo pela qualidade em termos do jogo aéreo. Experiente defesa dos mexicanos do Monterrey, tem sido uma aposta habitual nas convocatórias mais recentes do seleccionador argentino. Pode jogar no centro da defesa ou então ser alternativa a Marcos Rojo na lateral esquerda. Mais do que provável suplente.

Hugo Campagnaro: Central destro, pode ainda actuar como lateral-direito. Fisicamente já não é o mesmo portento doutros tempos, mas continua a revelar eficácia no desarme e intercepção, quando bem posicionado. Bastante experiente e com rotinas ao mais alto nível no futebol europeu, pode vir a ser uma das referências da defesa da Argentina neste Campeonato do Mundo. Resta agora saber se terá no lugar no "onze" e a ter em que posição será...

Ezequiel Garay: Indiscutivelmente, um dos melhores defesas-centrais da temporada no futebol europeu. Sóbrio, implacável na marcação e no desarme, correcto na saída de bola e extremamente útil e acutilante a explorar lances aéreos na área contrária, chega ao Brasil num estado de forma soberbo, claramente a pedir outros palcos (os benfiquistas que me perdoem...). Foi um dos defesas mais utilizados na fase de qualificação (9 jogos realizados) e tem vindo a ganhar importância progressiva para Alejandro Sabella. Aos 27 anos, terá pela frente o incrível desafio de liderar a defensiva do seu país rumo ao sonho de um título europeu que já escapa há 28 anos. Essencial.

Martín Demichelis: Defesa experiente e habituado a jogar em grandes palcos, sofre um pouco com as entradas de jogadores mais rápidos nas suas costas, mas, quando bem posicionado, é um defesa difícil de superar. Robusto e agressivo, revela ainda qualidades ao nível do jogo aéreo, em ambas as áreas. Não se prevê que seja titular mas a sua experiência pode vir a revelar-se muito importante durante esta Copa...

Pablo Zabaleta: Lateral-direito profundo e vertical, é. sem margem para dúvidas, um dos jogadores "mais" desta selecção. Além de ajudar bastante a atacar (importa recordar que iniciou a sua carreira no San Lorenzo como médio-ala direito), revela muito critério na acção defensiva, marcando e desarmando os adversários com grande raça e impetuosidade. Habitual titular na fase de qualificação (11 jogos disputados), chega ao Brasil gozando de enorme crédito junto dos adeptos e da imprensa argentina, além de ser um elemento importantíssimo para o próprio Alejandro Sabella pela experiência e competitividade que acrescenta ao grupo.

Marcos Rojo: Titularíssimo no Sporting ao longo da temporada, foi evoluindo de tal maneira, que vários tubarões do futebol europeu passaram-no a ter na agenda de prioridades para reforçar os seus plantéis.
Em Alvalade, joga como defesa-central, mas na selecção Sabella opta por colocá-lo no lado esquerdo da defesa, posição que não é de todo estranha ao sportinguista. Rojo progrediu imenso durante esta temporada, dado que ainda chegou algo verde ao Sporting (não há aqui qualquer tipo de segunda intenção, garanto-vos...). Melhorou nalguns posicionamentos e na coordenação com a restante linha defensiva, além de demonstrar qualidades no desarme e num estilo de jogo mais físico. Forte por alto (o que lhe dá vantagens também como lateral...), agressivo e muito trabalhador, está mais do que preparado para se
assumir como titular na Alviceleste durante este Campeonato do Mundo.

Federico Fernández: Rápido e com bom jogo aéreo, possui uma boa saída de bola, dando inclusive bons passes longos. Autor de uma temporada regular em Nápoles, peca só em algumas distracções que vai tendo e em faltas cometidas de forma escudada em certas situações. Apontado ao "onze" titular de Alejandro Sabella, revela-se como um dos defesas mais promissores do futebol argentino.

Lucas Biglia: Com seis jogos disputados na fase de qualificação, tem sido uma opção regular nas convocatórias de Sabella, apesar de não ser um indiscutível. Médio-centro com boa cultura táctica e passe refinado, procura um lugar no "onze" titular, mesmo sabendo que não será fácil, por força da forte concorrência.

Enzo Pérez: Estrela-maior da temporada fantástica do Benfica, pode sonhar com a titularidade neste Campeonato do Mundo. As suas características encaixam que nem uma luva na equipa argentina: qualidade no passe, intensidade, rigor táctico e muito equilíbrio. Sobe bem e aparece inclusive em zonas de remate, além de recuar bem para ajudar no momentos de organização e transição defensiva. Jogador muito completo, é um "8" de grande qualidade, algo que falta claramente a esta Argentina. Não tendo ainda atingindo a dezena de internacionalizações pela selecção alviceleste é provável que o faça durante este Mundial.

Javier Mascherano: É só um dos melhores médios-defensivos do Mundo e terá um papel principal nesta Copa. Ele é o garante de estabilidade e o exímio "ladrão" de bolas que qualquer equipa necessita e na selecção, partindo da sua posição original, pode ainda ser mais útil. Depois de um ano quase inteiro a jogar como central em Barcelona, regressa ao seu habitat natural para ser peça-chave do esquema de Sabella. Pode e deve melhorar na rapidez com que solta a bola após recuperá-la, mas, de resto, é um jogador cinco estrelas no compromisso, trabalho, dedicação e equilíbrio que confere à  Alviceleste. Espera-se dele um grande Mundial!

Fernando Gago: Provável titular da alviceleste, embora não tenha feito grandes jogos no último semestre. Jogador sem grande intensidade e sujeito à perda de bola sob pressão, pode ser importante, no entanto, a dar equilíbrio ao meio-campo argentino e a conjugar-se com Mascherano. Desde que saiu da Europa, nota-se claramente como baixou ainda mais a sua rotação. Pode ter critério no passe mas se não fizer esse upgrade poderá sofrer durante este Mundial...

Ángel Di María: Autor de uma temporada sensacional ao serviço do Real Madrid, chega em grande forma a um Campeonato do Mundo onde poderá vir a ser uma das grandes estrelas. Rápido, versátil e muito dinâmico, acrescenta verticalidade, qualidade no passe e cruzamento e boa finalização. Tecnicamente, é um dos jogadores mais dotados da Alviceleste e na condução de bola em velocidade revela-se um jogador prodigioso. Internacional em quase 50 ocasiões (irá atingi-las durante este Mundial), Di María tem tudo para dar certo nesta equipa, quer jogando como médio-interior ou mais colado à linha.

Ricky Álvarez: Cresceu muito com Walter Mazzarri esta temporada e chega muito motivado a este Campeonato do Mundo. Jogador tecnicamente dotado, com boa condução e muito correcto no passe, Ricky deverá incorporar-se na segunda linha do meio-campo, habitat natural para explorar o seu futebol requintado e perfumado. Empresta a esta equipa boas variantes, visão de jogo, técnica e remate. Merece esta chamada.

Maxi Rodríguez: Extremo veterano e já com experiência de 2 Mundiais, fez um Apertura extraordinário, mas no último semestre, época do Clausura, não se apresentou em tão boa forma. Elemento de preponderância maior em campanhas recentes, deverá ser suplente neste Campeonato do Mundo. Acrescenta à equipa sagacidade, técnica, qualidade no passe e remate.

Augusto Fernández: Pode jogar entre a ala direita e a zona central do meio-campo, revelando-se um jogador útil e competitivo, pela sua versatilidade e dinamismo. Só realizou uma partida na fase de apuramento, mas ainda assim vem de uma temporada muito positiva (mais uma...) ao serviço do Celta de Vigo. Será um reserva interessante.

Leo Messi: Depois de uma época muito complicada, vem a hipótese da redenção, num Mundial que tem ainda o aditivo de ser disputado no país do principal rival da Argentina. Quatro vezes Bola de Ouro, três vezes campeão europeu de clubes, mas ainda sem qualquer título principal ao serviço da sua selecção, Messi corre atrás de um feito único no Brasil, procurando conquistar um título que o coloque no Olimpo onde já se encontram craques como Maradona ou Pelé.

Tecnicamente assombroso e com uma condução de bola em progressão escandalosa, precisa claramente de aparecer num estado de forma mais decente do que aquele que foi demonstrando ao longo de toda a temporada. As lesões, os vómitos e as exibições "escondidas" não mais poderão aparecer no Brasil e terão de dar lugar a um Messi mais assertivo, brutal na finta, passe e remate e pronto a ser o "Cavalo de Tróia" dos argentinos rumo ao tão ambicionado Tri.

Sergio Aguero: Avançado potente e super-talentoso, chega a este Mundial, porém, em dúvida, dado que a sua condição física está longe de poder ser considerada estável. A sua época foi sensacional em termos de registo de golos marcados e assistências dadas, mas as lesões que foi tendo durante a temporada (três, mais concretamente) afectaram de sobremaneira uma maior regularidade em termos de utilização. Genial na condução e com diversos atributos ao nível da distribuição de jogo e remate, Aguero é um destro super dotado, claramente destinado a entrar na História do futebol. A ver se terá oportunidade no Brasil...

Ezequiel Lavezzi: Extremo vertical, rápido e talentoso, vem de uma temporada muito conseguida (com título da Ligue 1 incluído), ao serviço do Paris Saint-Germain. Sem ser certa a sua titularidade, pode vir a ter um papel preponderante, quer pela qualidade do seu remate, quer pela boa visão de jogo e atributos no jogo associativo. Potência e técnica não lhe faltam e junto aos seus companheiros formam uma armada ofensiva de uma qualidade impressionante. Quilates de talento, para dar e vender!

Gonzalo Higuaín: Pode ser uma das chaves da equipa neste Mundial. Predador de área usualmente letal, não sendo demasiado rápido em espaços longos, sabe desmarcar-se bem neles. Já dentro da área, em espaço curto, é mais veloz e potente, lendo muito bem as jogadas. Um "rato" de área, muito inteligente nas desmarcações e na maneira como cria o espaço para o remate. Garante ainda bons apoios interiores, além de ser um finalizador notável, tanto com os dois pés, como com a cabeça. Veremos se Sabella lhe terá reservado um lugar no "onze" ou não...

Rodrigo Palacio: Rápido, potente e bastante lutador no último terço do terreno, revela-se como uma interessante opção de banco. Trintão e já bastante experiente, poderá estar aqui perante o último grande desafio da sua carreira ao nível das competições de selecções. É um avançado astuto e trabalhador, elemento sempre útil para um conjunto que representa a harmonia perfeita entre aqueles que estão no auge da carreira e a experiência de alguns já "maiores de 30".



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