segunda-feira, 9 de junho de 2014

Chile

Claudio Bravo: Oito temporadas ao mais alto nível na Real Sociedad poderão catapultá-lo, finalmente, para um grande clube no final do Mundial (fala-se com insistência no Barcelona). Titular indiscutível da Roja (embora com bons suplentes), quer brilhar no Brasil, depois da boa prestação na África do Sul em 2010. Guarda-redes de excelentes reflexos, revela uma segurança enorme entre os postes, fazendo várias exibições quase divinais. Forte a jogar com os pés, revela-se como um dos guarda-redes mais completos da actualidade.

Johnny Herrera: Guarda-redes do Universidad de Chile, é o habitual suplente de Bravo na equipa nacional. A nível sul-americano, é um dos melhores, como vêm provando, aliás, as suas prestações mais recentes. Herrera apresenta-se como um guarda-redes seguro, com bons reflexos e bom jogo aéreo. Se Bravo tiver algum problema, sabe que tem aqui um substituto interessante.

Cristopher Toselli: Presença nas selecções chilenas desde muito jovem, foi o titular da mítica equipa que esteve no Mundial sub-20 em 2007, na qual despontavam craques como Isla, Vidal ou Alexis. Ainda relativamente jovem, poderá dar o salto para a Europa no final deste Mundial (fala-se nele como possível substituto de Bravo na Real Sociedad). Toselli é um guarda-redes ágil, com muito bons reflexos e sabe jogar com os pés. São raras as falhas ou distracções, o que o torna num guarda-redes bastante fiável. Nível muito semelhante ao de Johnny Herrera.

Gary Medel: Defesa-central ou trinco de grande qualidade, este jogador formado no Universidad Católica é, aos 26 anos, uma das referências da selecção chilena. Na selecção, costuma actuar como um dos defesas do trio mais recuado do "onze" de Sampaoli. Capitão da Roja, mostra uma pujança e uma agressividade dentro de campo que o fazem ser conhecido como "pitbull". Jogador duro, trabalhador e de uma intensidade enorme e permanente, revela atributos na marcação e no desarme, além de dar uma saída de bola correcta à equipa. Apesar de ser baixinho, não tem um mau jogo aéreo, o que acaba por mostrar bem o espírito combativo que preside ao seu estilo. Um lutador-nato, potencial figura chilena neste Mundial.

Mauricio Isla: Lateral/ala direito já com uma experiência considerável no futebol italiano, é o principal candidato a ocupar a vaga nesse corredor. Jogador vertical, forte no um-para-um, assume acções de desequilíbrio, assentes sobretudo na sua velocidade. Exímio ao nível do cruzamento, não se revela particularmente dotado no capítulo do remate. Em termos defensivos, usa bem a velocidade para baixar, embora, por vezes, ainda conceda algum espaço nas costas. Belíssimo jogador.

Gonzalo Jara: Defesa robusto e agressivo, pode jogar como lateral-direito (onde actuou praticamente o ano inteiro em Inglaterra) ou como defesa-central (onde Sampaoli o prefere colocar). Depois de uma época regular em termos de utilização, mas sem grandes exibições, chega a este Mundial como um candidato a estar no "onze" chileno. Destaca-se pela polivalência e pela maneira como disputa os lances, embora revela algumas dificuldades no jogo aéreo e precise de melhorar ao nível do passe. Na selecção, costuma alternar entre jogos correctos e partidas mais decepcionantes...

Miiko Albornoz: Talvez a maior surpresa da convocatória de Jorge Sampaoli. Pode actuar em ambas as laterais (preferencialmente na esquerda), sendo que o seleccionador chileno já o testou na linha de 3 defesas. Jogador vertical, com boa projecção ofensiva e agressivo a defender, deve melhorar em certos posicionamentos mas revela qualidades, quer ao nível do cruzamento, quer ao nível do desarme e intercepção. Fez quase toda a formação na Suécia, onde ainda hoje permanece, aliás.

Eugenio Mena: Lateral esquerdino, desdobra-se bem em acções de cariz ofensivo, dando profundidade e largura à equipa. É um jogador competitivo, raçudo, mas pode fechar um pouco melhor o corredor nalgumas situações. É já um dos indiscutíveis desta selecção e um sério candidato a assumir um lugar no "onze" titular. Na fase de qualificação para este Campeonato do Mundo, realizou 10 jogos, sendo peça importante na consecução do apuramento chileno.

José Rojas: Defesa-central experiente, embora sem muitas internacionalizações, chega a este Mundial para ser uma alternativa de banco. Revela-se um jogador maduro, ponderado, com boa colocação, relativamente rápido e forte a desarmar e interceptar na área. Costuma dobrar bem os laterais, o que o torna bastante útil. Não tendo tanta rodagem como outros defesas, parece, por vezes, até um pouco mais fiável...

Charles Aránguiz: Melhor jogador do Campeonato Gaúcho, chega ao Mundial muito motivado por cerca de cinco meses de grande nível ao serviço do Internacional de Porto Alegre. Tacticamente, é um dos jogadores mais completos da Roja, revelando ainda atributos ao nível do passe, da visão de jogo e da desmarcação. Aparece bem na segunda linha e até na área, sempre em zonas onde pode finalizar. É um médio equilibrado em termos tácticos, porque consegue conciliar essas subidas, com os movimentos de recuperação defensiva. Sem dúvida, um dos jogadores a seguir nesta selecção chilena...

Jean Beausejour: Vem de uma época de utilização regular em Inglaterra, sendo também um candidato a poder integrar o "onze" de Sampaoli. Jogador experiente, já com 60 internacionalizações, é capaz de fazer toda a ala esquerda, mantendo quase sempre um nível interessante. Projecta-se bem para o ataque, dá largura, embora possa melhorar em termos do passe e no jogo aéreo. Defensivamente, consegue compensar com a velocidade alguma falta de aptidão para certas acções naturais de um defesa.

Carlos Carmona: Vai para o quarto Mundial da sua carreira (dois nas selecções jovens, dois em seniores), o que faz dele um dos jogadores mais rotinados desta equipa. Utilizado de forma intermitente na fase de qualificação, também está longe de ter o lugar assegurado no "onze" inicial de Jorge Sampaoli. É um "box-to-box" interessante, com disponibilidade física, forte a fechar e agressivo na recuperação. Dá boa saída de bola e demonstra-se um jogador com alguma criatividade. Pode sempre melhorar algo ao nível do remate e do jogo aéreo.

Marcelo Díaz: Médio baixinho mas robusto, é um sério candidato a titular na equipa chilena. Sampaoli confia nele desde os tempos da Universidad de Chile e pode ter nele a chave para desbloquear jogos. Marcelo Díaz possui uma visão de jogo notável, dando uma saída de bola limpa e bons passes em profundidade. Bem posicionado no espaço central, consegue virar o jogo de pernas para o ar, apenas com um bom passe. Além do mais, é solidário e apoia defensivamente, tornando-se numa mais-valia interessante para a equipa. Jogador equilibrado.

Arturo Vidal: Uma das figuras, senão "a" figura da Roja. Tendo já cumprido um trajecto respeitável por todos os escalões das selecções chilenas, Vidal chega a este Mundial com a sua condição física em xeque, depois de uma lesão complicada no final da temporada. Porém, os apontamentos mais recentes transmitem a ideia de que o médio formado no Colo Colo estará já disponível e quase a 100% para a estreia frente à Austrália.

Médio destro muito completo, chegou a actuar como defesa-central e lateral-esquerdo na sua passagem pelo Bayer Leverkusen. A sua versatilidade sempre se revelou uma mais-valia, aliando a ela uma qualidade de jogo notável. Intenso, batalhador e criativo, é um médio multi-tasking como há poucos. Possui sentido táctico, grande estofo físico, qualidade de passe e visão de jogo, conseguindo trabalhar defensivamente (recuperando várias bolas) e, ao mesmo tempo, ofensivamente, distribuindo jogo, aparecendo na segunda linha a explorar a sua meia-distância poderosa ou na área (até de cabeça!). Claramente, uma peça-chave do puzzle de Sampaoli. Todo o Mundo deseja que esteja no seu melhor durante as próximas semanas...

Felipe Gutiérrez: Jogador pouco robusto mas com enorme visão de jogo, foi-se destacando ao longo da época no Twente, graças a várias exibições muito destacáveis. Formado no Universidad Católica, este médio revela uma excelente qualidade de passe (curto, médio e longo), podendo jogar como "6" ou "8". Defensivamente, pode ser um pouco mais agressivo e deve aumentar um pouco a intensidade se sair para um campeonato mais competitivo no fim deste Mundial. Vai discutir a titularidade com Marcelo Díaz, por certo.

Francisco Silva: Mais um jogador formado nas escolas do Club Deportivo Universidad Católica, El Gato vem de uma temporada muito sólida ao serviço do Osasuna. Testado nos últimos jogos da selecção como defesa-central, costuma jogar sobretudo no meio-campo defensivo. Jogador correcto na saída de bola e bastante combativo, revela possuir uma boa cultura táctica e acerto nas marcações defensivas. Não tendo grande técnica, revela pelo menos procedimentos interessantes, podendo vir a ser um elemento muito útil para Jorge Sampaoli durante este Mundial.

Jorge Valdívia: Criativo rotinado e com muita experiência de selecção, chega a este Mundial no seu auge de maturidade. Médio-ofensivo, pode actuar mais por dentro ou descaído numa das faixas, se bem que renda mais na posição "10". Revela uma qualidade técnica acentuada, capacidade de drible e velocidade na condução. Além disso, possui interessante visão de jogo e um bom remate de meia-distância, de pé direito. Não fosse o seu temperamento e alguma irregularidade e poderia ter resultado no futebol europeu...

José Pedro Fuenzalida: Lateral/ala do Colo Colo, já leva mais de 20 internacionalizações com a camisola da Roja, sendo um dos nomes "surpreendentes" desta convocatória. Experiente, revela-se um jogador astuto a fechar o espaço e capaz de acrescentar velocidade e verticalidade no corredor lateral. Boa capacidade de dar assistências. Opção alternativa, por certo.

Alexis Sánchez: Um dos jogadores mais talentosos que o futebol chileno deu ao mundo ao longo da seu história. Formado no histórico Cobreloa, depressa foi ganhando ascendente, saindo para a Udinese, sendo de seguida emprestado ao Colo Colo, onde realmente começou a mostrar todo o seu talento. Depois disso, mais um empréstimo (ao River Plate), antes de assentar definitivamente no futebol italiano. Daí ao gigante Barcelona, numa transferência de 37 milhões de euros, foi um pulinho...

Contratação-referência do Barcelona campeão da Europa em 2011, tem feito épocas muito positivas na Catalunha, apesar de não ser um indiscutível. Jogador veloz, dinâmico e muito potente, possui uma boa técnica, qualidade na finta e uma capacidade de finalização notável. Bem nas diagonais e também a explorar movimentos verticais, até de cabeça consegue aparecer a finalizar. A sua inteligência, visão de jogo e qualidade nas desmarcações fazem dele um jogador potencialmente decisivo para uma boa campanha da Roja.

Eduardo Vargas: Bom avançado, vem de uma segunda época de utilização regular em Valência. Rápido, com técnica e boa mobilidade, revela astúcia a encontrar os espaços para poder atirar à baliza, revelando um faro de golo interessante, desde que bem colocado. É uma das figuras desta selecção, tendo apontado 5 golos em 14 jogos na fase de qualificação. Deverá jogar ao lado de Alexis, eles que, quando bem afinados, são capazes de dizimar toda e qualquer defesa...

Mauricio Pinilla: Nascido em Santiago do Chile e já com uma passagem pelo futebol português (Sporting), vem de uma época interessante na Serie A, provando ser uma boa opção de banco para a Roja. Avançado possante e experiente, este destro revela-se um astuto rematador dentro da área, usando bem o seu físico para tal e tirando partido da sua potência em espaços curtos. É ainda um exímio cobrador de grandes penalidades.

Fabián Orellana: Chega a este Mundial na sequência de uma época muito conseguida em Vigo. Formado entre o Colo Colo e o Audax Italiano, este extremo-esquerdo (que também pode jogar mais por dentro) revela-se um jogador de boa técnica e capacidade de finalização interessante mas algo descompensado fisicamente e com velocidade a espaços. Mais dotado nestes items e este destro seria um dos melhores da Liga espanhola. Opção interessante para ir lançando durante os jogos...

Estebán Paredes: Bastante experiente, ganhou o lugar na selecção tendo por base a sua capacidade para marcar golos. Repete a convocatória de 2010 depois de um bom ano, tanto no Querétaro do México, como no Colo Colo. Fisicamente não tão fresco como de antes, revela maturidade, astúcia, inteligência na área, além de possui um bom primeiro toque e uma capacidade de finalização notável. Facturar é a palavra de ordem para este ponta-de-lança!




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