segunda-feira, 9 de junho de 2014

Austrália

Matthew Ryan: Titular no Club Brugge ao longo de toda a época, revelou-se como uma das boas revelações da Jupiler Pro League 2013/2014. 15 jogos sem sofrer golos em 40 jogos no campeonato parecem um bom cartão de visita para um guarda-redes ágil, com bons reflexos e com um posicionamento geralmente correcto. Será o substituto do mítico Schwarzer na baliza dos Socceroos.

Mitchell Langerak: Guarda-redes lançado por Jurgen Klopp em Dortmund, é muito apreciado pelo técnico germânico e, de certo modo, também por Postecoglou. Promissor, tal como o seu principal concorrente num lugar pela baliza, possui uns reflexos interessantes, tem velocidade, embora possa melhorar nalguns posicionamentos e no seu jogo com os pés. Provável nº2 da baliza australiana.

Eugene Galekovic: Guarda-redes muito experiente e já com uma passagem pelo futebol português (Beira-Mar), avança muito provavelmente para o último Mundial da sua carreira. Possui boa técnica entre os postes, embora tenha alguns lapsos esporádicos, em saídas mais arrojadas sobretudo. Será o terceiro guarda-redes australiano neste Campeonato do Mundo.

Ivan Franjic: Melhor lateral-direito, de longe, da liga australiana procura neste Campeonato do Mundo a sua afirmação no plano internacional. Pode jogar também como ala, posição que por vezes desempenha no Brisbane Roar. Jogador intenso, activo, inteligente com a bola, profundo e agressivo, é um dos indiscutíveis desde que Ange Postecoglou chegou ao banco australiano. Possui ainda qualidades ao nível do cruzamento e do remate. Apesar dos 26 anos, um bom Mundial poderá catapultá-lo para o futebol europeu.

Jason Davidson: Lateral-esquerdo de origem grega, tem um passado recente de ligação ao futebol português, tendo-se transferido para o Paços de Ferreira aos 18 anos, tendo estado seis meses emprestado ao Sporting da Covilhã (entre Janeiro e Junho de 2011), até ser despedido pelo Paços no Verão. Em Janeiro de 2012, assinou pelo Heracles, da Eredivisie, onde hoje em dia é um indiscutível. Canhoto, projecta-se bem para o ataque e mostra uma interessante capacidade de aceleração. Defensivamente, tem ainda vários aspectos a melhorar, como é habitual, aliás, nos laterais que jogam na Holanda...

Matthew Spiranovic: Central-revelação do futebol australiano nos últimos anos, tem sido apontado com insistência ao futebol europeu, onde já esteve aliás, ao serviço do Nuremberga. Matt é um central alto, certinho ao nível do passe e, quando bem posicionado, capaz de fazer bons desarmes e inúmeras intercepções. Ainda assim, atacado em velocidade ou num despique mais técnico contra jogadores como Silva, Alexis ou Perisic pode sofrer. Regularmente utilizado na fase de qualificação (7 jogos), tem cumprido também nos particulares mais recentes.

Bailey Wright: Defesa polivalente, é central de origem, embora possa também jogar nas laterais. Vem de uma temporada recheada de jogos (51!), sendo que foi uma das figuras da equipa (apontou 4 golos na fase regular da League One). É um jogador robusto, com bom jogo aéreo e que procura algumas vezes a meia-distância. Pode chegar a um patamar competitivo superior mas ainda terá de cumprir algumas etapas do processo de crescimento. Surpresa da convocatória, será um reserva a ter em conta.

Alex Wilkinson: Jogador já experiente, só em Novembro passado conseguiu ser chamado pela primeira vez à selecção australiana. Estrela da defesa dos coreanos do Jeonbuk Motors, clube que participou na Liga dos Campeões Asiáticos este ano, pode ganhar uma vaga no "onze" de Postecoglou, depois da não-inclusão do experiente Luke Wilkshire. Wilkinson é um defesa alto, agressivo na marcação, embora pareça algo lento. Bem colocado, consegue fazer bons desarmes, o problema é que nem sempre tem a melhor colocação...

Ryan McGowan: Mais uma defesa australiano que actua em plena Ásia. Referência defensiva do Shandong Luneng do brasileiro Cuca, revela-se como mais um dos candidatos à titularidade na ausência do veterano Wilkshire. Nascido em Melbourne, este defesa de origem escocesa (já andou pelo Hearts...) possui uma estatura imponente, revelando enorme versatilidade. Além de central, pode actuar nas laterais e também como médio-defensivo, mostrando atributos em velocidade, no desarme e na intercepção de passes. Quando bem colocado, não é facil passar por ele.

Mile Jedinak: Um dos melhores jogadores desta Austrália é também um dos melhores recuperadores da Premier League. Na sequência de uma época tremenda, o médio aussie do Crystal Palace chega ao Campeonato do Mundo do Brasil pronto para mostrar todo o seu valor e para, quem sabe, poder dar o salto para uma equipa mais competitiva já na próxima temporada. Defensivamente, revela-se um jogador colossal e é certinho no capítulo do passe. Fisicamente, é bastante fiável, daí ser uma peça fundamental para Postecoglou. Titular, pela certa.

Mark Milligan: Chega a este Campeonato do Mundo numa forma brutal e tentará capitalizar ao máximo o bom momento actual. Box-to-box de bom valor, é uma das figuras da A-League. Tacticamente consistente e equilibrado a defender, demonstra ainda agressividade na disputa dos lances e revela acerto ao nível do passe, em geral. Quase a chegar às 30 internacionalizações pelos Socceroos, é, neste momento, uma peça-chave para Postecoglou.

James Holland: Médio-defensivo nascido em Sydney, vem de uma temporada muito conseguida ao serviço do Austria (defrontou o FC Porto duas vezes na Champions, aliás). Dificilmente será titular à partida, mas poderá vir a beneficiar de alguma ausência de última hora. Médio de equilíbrio e contenção, destaca-se sobretudo pela vertente defensiva do seu trabalho. É um jogador com bom passe e capaz de desarmar os adversários, não possuindo, porém, grande poder de decisão no meio-campo contrário. Não fosse a solidez da dupla Milligan-Jedinak e provavelmente seria titular...

Massimo Luongo: Formado no Tottenham, este médio fez uma temporada muito consistente no Swindon Town, do terceiro escalão do futebol inglês (6 golos e 5 assistências em 53 jogos). Médio-defensivo com boa saída de bola, é um daqueles jogadores que tanto pode jogar mais recuado como numa linha mais adiantada, dado que gosta de ter essa liberdade de aparecer no meio-campo adversário. Tem momentos em que conduz com classe, distribui com critério e aparece na segunda linha a rematar. O potencial está lá, falta crescer num patamar competitivo superior. Neste Mundial, será ainda reserva.

Oliver Bozanic: Um dos jogadores mais promissores dos Socceroos. Autor de um exercício muito interessante ao serviço do FC Luzern (com apuramento para a Europa League garantido), chega a este Campeonato do Mundo como uma das "armas secretas" de Postecoglou. Bozanic é um médio-centro de características ofensivas, jogador que anda entre as posições "8" e "10". Um construtor de jogo interessante, com boa técnica, qualidade de passe e controlo de bola apurado, sob pressão. Na Austrália, costumava jogar mais recuado, mas cresceu futebolisticamente com a passagem para o futebol europeu.

Matt McKay: Médio-centro canhoto, com boa visão de jogo e qualidade de passe, será uma provável alternativa de banco nesta selecção. Jogador experiente, quase a roçar as 50 internacionalizações, tem já uma longa carreira no principal campeonato de futebol na Austrália. Como jogador, gosta de subir no terreno, distribuir jogo e participar na construção. Pode arriscar algo mais ao nível do remate.

Mark Bresciano: Uma das referências dos Socceroos, quer em termos de experiência, quer da idade. Este deverá ser o último Mundial da sua carreira (já esteve presente em 2006 e 2010) e certamente não quererá defraudar a sua vasta legião de fãs. Experiente médio de segunda linha, revela qualidades ao nível do passe e do remate (é destro), aparecendo muito bem na área contrária para finalizar. Fisicamente, já não tem a resistência de outros tempos mas continua a conservar uma técnica interessante. Candidato sério à titularidade.

Dario Vidosic: O substituto natural de Bresciano. Médio de técnica apurada, vem de uma temporada muito interessante no futebol suíço. Pode actuar nas costas do ponta-de-lança ou mais descaído numa das faixas, rubricando quase sempre exibições consistentes. Rápido, revela atributos no último passe e na criação de jogo na segunda linha do meio-campo. Este ano, apontou 4 golos e 6 assistências em 31 jogos oficiais e o seu desafio pós-Mundial passa por melhorar estes números. Discutirá a titularidade com o experiente Bresciano.

Tommy Oar: Apesar de ter tido uma lesão que o apoquentou durante parte da época, chega em forma a este Campeonato do Mundo. Na selecção, costuma actuar na ala esquerda, sendo que se revelou decisivo na fase de apuramento, com um golo importantíssimo contra o Japão. Esquerdino talentoso, revela atributos ao nível do passe e do cruzamento, sendo que esta temporada não destacou muito ao nível dos golos marcados (apenas um em 36 jogos realizados). Acrescenta verticalidade e técnica à equipa na segunda linha, mostrando-se particularmente dotado a explorar os espaços dados pelos laterais contrários. Provável titular no "onze" de Postecoglou.

James Troisi: Avançado que pode jogar a toda a largura no ataque, revela-se um elemento importante, pela verticalidade e golo que acrescenta à equipa. Autor de um exercício muito interessante no Melbourne Victory (onde se encontra emprestado pelos italianos da Atalanta), chega ao Mundial motivado pelo bom campeonato e Liga dos Campeões Asiáticos que tem realizou. Suplente potencialmente importante.

Tim Cahill: Provavelmente, a grande figura desta selecção australiana. Presente nas epopeias de 2006 e 2010, repete convocatória, agora já como um jogador veterano e claramente a caminho da reforma. Apesar de fisicamente já não ser o mesmo, mantém uma aura de "super-star" que poucos conseguem igualar nesta equipa. É utilizado habitualmente como referência do ataque, na ausência de pontas-de-lança distintos nos Socceroos. Mostra-se um rematador-nato, evoluído do ponto de vista técnico e com bom jogo aéreo. Procura bem os espaços onde possa ser efectivo e demonstra inteligência e sagacidade nas suas actuações. No fundo, a experiência que acumulou após vários anos em Inglaterra tornou-o num jogador maduro nesta fase da sua carreira e, portanto, exemplo para os demais.

Matthew Leckie: Avançado completo e versátil, actua preferencialmente na ala direita na selecção e é um sério candidato à titularidade. Autor de uma temporada muito interessante na 2.Bundesliga, chega a este primeiro Mundial da sua carreira motivadíssimo e pronto para mostrar nível. Leckie é um jogador robusto, inteligente e veloz a fugir aos defesas contrários e com uma técnica interessante, além de revelar um sentido de baliza notável. Está ainda a crescer, mas o potencial é indesmentível. Técnica, verticalidade e rapidez ao serviço de Postecoglou. Não poderia abdicar dele...

Ben Halloran: Médio-ofensivo, pode desempenhar todas as posições na segunda linha do meio-campo e ainda jogar mais como extremo. Foi a revelação da temporada no Fortuna Dusseldorf e procura agora a estreia oficial numa grande competição de selecções, sabendo que será muito complicado entrar no "onze" inicial. Destro, revela capacidade técnica e de finalização, aliadas a uma boa recepção de bola. Por vezes, parece agarrar-se demasiado à bola e tenta o desequilíbrio individual. Veloz e agressivo, tem potencial para crescer. Provável opção de banco.

Adam Taggart: Um dos mais promissores jogadores da formação australiana, pode ser considerado uma surpresa na convocatória, apesar dos 16 golos apontados na A-League. Destro (embora também com bom pé canhoto), possui um remate potente e colocado e revela-se perspicaz a explorar o espaço nas costas dos centrais. Bastante móvel, pode actuar em qualquer posição do ataque, embora costume fazê-lo mais ao centro. Revela um sentido de baliza notável e poderá vir a ser uma opção muito interessante para lançar em caso de aperto durante este Mundial.

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