sábado, 28 de junho de 2014

5 apontamentos da última jornada da fase de grupos do Mundial 2014

1. A jornada da afirmação definitiva dos craques. Vários jogadores sobressaíram a título individual nesta última jornada da fase de grupos do Campeonato do Mundo. Desde o hat-trick de Shaqiri e uma exibição completa, notável a todos os títulos até à disputa entre Messi (a melhor exibição até aqui nesta prova) e Musa no Nigéria-Argentina (um bis para cada), passando pela genialidade de Neymar (também bisou), pela continuidade de James (tem feito uma prova excepcional, tanto a distribuir jogo como a marcar) ou pela despedida em grande de Pjanic, um dos criativos que irá fazer falta à fase derradeira deste Mundial. Craques e mais craques no maravilhoso mundo brasileiro.

2. A Tri e o espírito de Herrera. É, definitivamente, uma das estrelas deste Campeonato do Mundo. Falo de Miguel Herrera, o espampanante técnico mexicano que poucos conheciam antes das façanhas conseguidas pela selecção mexicana no Brasil. Irreverente e apaixonado, construiu uma equipa no 3x5x2 (5x3x2) que vinha vigorando como táctica forte do seu América ao longos dos últimos anos e em campo todos os jogadores parecem jogar com a mesma paixão que o seu técnico demonstra ter no banco. O trio de centrais, liderado pelo veterano Rafael Márquez, tem estado quase imaculado, os laterais sobem e descem com uma regularidade impressionante, o portista Héctor Herrera tem rubricado exibições tremendas, juntamente com Vázquez e Guardado e, na frente, há quem faça a diferença (Oribe Peralta e Giovani, por norma...). Isto sem esquecer o keeper custo zero Guillermo Ochoa, uma das grandes figuras desta equipa, dono de uns reflexos brilhantes, tendo salvado a equipa em várias ocasiões ao longo desta fase de grupos. Uma equipa correcta atrás, capaz de assumir o jogo, profunda nas laterais e constituída de jogadores super-disponíveis do ponto de vista físico. Tomara que todas as equipas encarnassem o espírito de um treinador desta maneira. E vice-versa.

3. Os dramáticos apuramentos da Grécia e do Uruguai. Esta última jornada reservou-nos também dois dos momentos mais emocionantes desta prova: os apuramentos in-extremis das selecções da Grécia e do Uruguai. A equipa de Fernando Santos bateu a Costa do Marfim (2-1), com um pénalti de Samaras a decidir aos 90+2´. Foi um jogo difícil, mas no final acabou por prevalecer a capacidade de trabalho dos gregos, solidários a defender e incisivos na contra-ofensiva. Quanto ao Uruguai, a passagem foi dada por Diego Godín, o homem dos golos importantes na última temporada. O jogo foi muito equilibrado, tendo a expulsão de Marchisio ajudado a puxar a selecção celeste para o ataque. Numa bola parada, lá apareceu o central do Atleti a carimbar mais um grande momento esta temporada. Heróico.

4. A primeira vez da Argélia. Enorme feito do futebol argelino, dado que pela primeira vez estão nos oitavos-de-final de um Mundial. As Raposas do Deserto empataram contra a Rússia e carimbaram o acesso à próxima fase, depois de um jogo equilibrado, competitivo e onde, no primeiro tempo, os russos estiveram até perto de aumentar para 2-0. A destacar, mais um golo do sportinguista Slimani, ele que realizou duas exibições notáveis frente a coreanos e russos e uma notável exibição de Brahimi, o astro de Granada, do qual já havia falado durante esta temporada. Quanto à equipa russa: toda uma decepção. A começar na falta de capacidade para assumir o jogo com qualidade e a acabar nas vergonhosas declarações de Fabio Capello, atacando o árbitro deste último jogo.

5. O meu "onze" da fase de grupos: Ochoa; Aurier, Rafa Márquez, Sakho, Layún; Héctor Herrera, Tejeda; Robben, James, Neymar; Muller (Messi/Benzema).

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