domingo, 1 de junho de 2014

Honduras

Noel Valladares: Aos 37 anos, terá aqui a segunda e, porventura, última oportunidade de defender a baliza do seu país num Campeonato do Mundo. Guardião de excelentes reflexos, não sendo muito alto, revela uma segurança interessante para um keeper que fez toda a sua carreira no campeonato hondurenho. Vai ser o titular na baliza dos catrachos, com toda a certeza.

Donis Escober: Guarda-redes do Olimpia, destacou-se recentemente por ter sido o herói do título do histórico clube de Tegucicalpa, após um emocionante desempate na marca das grandes penalidades. Ágil e com bons reflexos, peca por alguma inconsistência revelada em alguns jogos. Será o suplente directo de Valladares.

Luis López: Uma das surpresas da convocatória. Guarda-redes jovem, ainda sem qualquer internacionalização, foi um dos guardiões mais destacados do campeonato das Honduras. Fisicamente possante, falta-lhe ganhar mais músculo e técnica, mas o potencial está lá. Pela falta de experiência, claramente o terceiro guarda-redes para Luis Fernando Suárez.

Bryan Beckeles: Experiente lateral-direito, recentemente consagrado campeão hondurenho com o seu Olimpia, onde foi um dos jogadores mais regulares. Não tendo jogado muito na fase de qualificação, é sempre uma opção válida, podendo ter hipóteses de entrar no "onze". Muito criticado pelos adeptos locais, revela algumas dificuldades a proteger o espaço nas costas e não tem a qualidade ofensiva de Peralta...

Arnold Peralta: Chega a este Campeonato do Mundo em dúvida, mas com esperanças de poder ser utilizado. Depois de ter realizado 12 jogos na fase de qualificação, merecia claramente ter a oportunidade de se estrear numa prova desta importância. Lateral-direito na selecção, pode também actuar como médio-centro (embora tenha passado o ano a jogar a extremo-direito no Rangers...). Destro rápido e vertical, destaca-se pela boa projecção ofensiva e por procurar algumas vezes a meia-distância. Em termos defensivos, parece-me melhor que Beckeles, embora com vários aspectos também a serem trabalhados, sobretudo ao nível da colocação.

Victor Bernárdez: Experiente central, é um dos líderes desta equipa. Habitualmente titular nos San Jose Earthquakes, já passou pelo futebol europeu (Anderlecht e Lierse). Central alto e poderoso, costuma ser implacável por alto, sobretudo na sua área, mas também na área contrária, onde se revela um bom finalizador de cabeça. Possui ainda um bom disparo de meia-distância, sendo que cobra algumas bolas paradas de pé direito. Titular quase certo na defesa catracha.

Maynor Figueroa: Se Bernárdez possui uma meia-distância, o seu companheiro do centro da defesa não lhe fica atrás (embora rematando de pé esquerdo...). Central na selecção, embora seja lateral-esquerdo de origem, Figueroa é um dos mais experientes e respeitados jogadores das Honduras. Bastante possante do ponto de vista físico, ganha muito bem os duelos com os adversários e sabe jogar em antecipação. Além do mais, dá uma saída de bola vertical à equipa, característica normal num jogador que também desempenha a função de lateral. Muito importante para a selecção hondurenha.

Juan Pablo Montes: Outra das chamadas de Suárez criticada por jornalistas e alguns adeptos hondurenhos. Defesa alto e poderoso, parece algo lento e errático nas suas acções. Além do mais, chega a este Campeonato do Mundo sem grande ritmo de utilização. Ainda no recente jogo contra a Turquia, por exemplo, foi um dos responsáveis...pela vitória turca.

Osman Chávez: Actualmente no campeonato chinês, depois de três épocas no futebol polaco, é outro central cuja forma tem sido criticada. Tal como os restantes companheiros de defesa, também é bastante imponente, embora até pareça algo pesado. Lento e sem grande flexibilidade, não se prevê grande futuro para ele neste Mundial. O que deve preocupar mesmo Suárez é a ausência de alternativas à dupla titular...

Emilio Izaguirre: Titularíssimo desta selecção, chega ao Brasil em boa forma. Completou uma época soberba no Celtic, com 13 assistências em 46 jogos oficiais! Lateral com uma excelente projecção ofensiva, rápido e com boa capacidade de cruzamento (de pé esquerdo), pode representar uma saída muito importante para esta equipa durante o Mundial. Em termos defensivos é, juntamente com o central/lateral Figueroa, o lateral mais sólido desta equipa. Promete boas exibições a partir de dia 15, pela certa...

Juan Carlos García: Defesa-central ou lateral-esquerdo, teve uma época péssima ao serviço do Wigan (só um jogo, na Taça da Liga), que o contratou a pensar que iria ter o sucesso das transferências de Figueroa, Palacios ou Espinoza. Esquerdino alto e com dificuldades defensivas, chega ao Brasil sem ritmo de jogo e desmotivado. Não será fácil arranjar lugar na equipa, ainda para mais com Izaguirre ou Figueroa disponíveis para fazerem a posição...

Wilson Palacios: A referência maior do meio-campo hondurenho. Médio-defensivo completo e experiente, pode jogar como única referência do centro do campo ou acompanhado por um colega. Apesar da época irregular em Stoke, é um indiscutível na selecção. Médio-defensivo robusto e agressivo na marcação, é disciplinado, revela capacidade de trabalho e aporta equilíbrio ao meio-campo. Destro, não se destaca pela sua capacidade ofensiva, embora tenha marcado um golo tremendo no jogo de qualificação frente ao Panamá. Jogador muito útil e relevante para esta selecção.

Roger Espinoza: De utilização irregular no Wigan, foi um dos indiscutíveis de Luis Fernando Suárez na fase de apuramento. Utilizado entre a posição de médio-esquerdo e de médio-centro, revela-se um jogador dinâmico, vertical, com velocidade e bom pé esquerdo. É esforçado e consegue disfarçar algumas das suas limitações com base no espírito de sacrifício. Sabe recuperar bolas, embora por vezes exagere na rispidez e agressividade que coloca na disputa dos lances. Veremos em que posição será utilizado, havendo quase 100% de certezas de que jogará, por norma, encostado à linha, do lado esquerdo.

Jorge Claros: Médio-centro/médio-defensivo com uma passagem pelo futebol escocês (Hibernian), encontra-se actualmente sem clube, depois de ter terminado o contrato com o Motagua. Médio raçudo e esforçado, não possui grandes atributos em termos defensivos, além de não acrescentar grande mais-valia em termos de construção de jogo. Veremos se Luis Fernando Suárez apostará mesmo nele ou se dará o lugar a outro concorrente...

Luis Garrido: Esteve meio ano no Estrela Vermelha de Belgrado, que acabou por não accionar a cláusula de compra junto do Olimpia Tegucicalpa, onde fez o último ano completo. Não terminou muito bem a época, tendo algumas exibições abaixo do esperado. Por comparação com Claros, parece um jogador mais equilibrado em termos defensivos e dá uma saída de bola regular. Teve uma lesão recentemente, o que lhe pode complicar um pouco mais o objectivo de chegar ao "onze" de Suárez.

Boniek García: Mais um dos internacionais hondurenhos que milita na MLS. Tem passado por alguns problemas físicos, que poderão em risco a sua titularidade no Mundial. Habitualmente médio-ala direito, também é algumas vezes utilizado na posição de médio-centro no Houston Dynamo. Boniek é um jogador vertical, rápido, com boa técnica e desequilibrante no um-para-um. Capaz de aparecer em zonas de finalização, é um jogador astuto a explorar contra-ataques e a criar desequilíbrios quando lhe deixam espaço para progredir. Um dos mais talentosos desta selecção hondurenha.

Marvin Chávez: Médio-ofensivo experiente e com boa carreira nos Estados Unidos, é um jogador muito útil para explorar contra-ataques. Baixinho mas muito rápido, aporta verticalidade e capacidade de finalização na segunda linha do meio-campo e na frente do ataque. Será um elemento interessante caso Luis Fernando Suárez pretenda agitar os jogos, colocando irreverência e rapidez ao serviço da equipa.

Andy Najar: Jovem bastante promissor, é um dos talentos mais interessantes da excelente Liga belga. Depois de uma grande época no Anderlecht, poderá aproveitar o facto de Boniek García não aparentar estar a 100% para entrar na equipa na estreia contra a França. Ala com destreza, hábil com a bola e veloz, não teve ainda um registo soberbo em termos de golos e assistências, devendo crescer mais nesse capítulo. Porém, mais para lá dos momentos de decisão, revelou-se um jogador maduro, com qualidade no cruzamento e astuto a explorar diagonais. Chegou à Bélgica para ser lateral-esquerdo mas neste momento joga como extremo-direito, podendo também jogar como lateral na mesma ala. Candidato a titular.

Mario Martínez: Actualmente no campeonato hondurenho, já conta no seu currículo com passagens por Noruega, Bélgica ou Estados Unidos. Médio-ofensivo que pode actuar em qualquer posição da segunda linha, destaca por ter um bom pé esquerdo, ser um jogador com um nível criativo interessante, embora por vezes demasiado individualista. Não tem competido ao mais alto nível e isso pode pesar na balança de Luis Fernando Suárez quando for hora de escolher um "onze" para a estreia no Mundial.

Jerry Bengtson: Avançado destro, esteve nos Jogos Olímpicos de Londres, talvez o momento alto da sua carreira. Este ano tem sido complicado, visto que só leva um golo marcado em 5 jogos na MLS. Alto e possante, fez uma fase de qualificação muito interessante (9 golos em 12 jogos), mas actualmente não atravessa o seu melhor momento. Sabe também rematar com o pé esquerdo e revela um bom jogo aéreo. Avançado de área, é um sério candidato a titular no Brasil.

Carlos Costly: A jogar no campeonato local na actualidade (Real España), é um ponta-de-lança alto, poderoso e experiente. Autêntico globe-trotter, já atravessou vários países ao longo da sua carreira, desde o México à China passando por Inglaterra. Na área, é um finalizador astuto e tem um excelente jogo de cabeça. Sério candidato à titularidade, por certo.

Rony Martínez: Jogador da Real Sociedad...do campeonato hondurenho, foi um dos nomes mais criticados da convocatória de Luis Fernando Suárez. Ainda assim, tem feito um ano interessante no campeonato local, daí a confiança do seleccionador. Avançado potente nos últimos metros, é um destro com sentido de baliza, embora também remate bem de pé esquerdo e de cabeça. Provável alternativa de banco neste Campeonato do Mundo.

Jerry Palacios: Referência de ataque dos costa-riquenhos da Liga Deportiva Alajuelense (pelos quais até marcou um golo na mítica vitória no Azteca, para a CONCACAF Champions), é outro candidato a titular no ataque dos hondurenhos. Avançado de área experiente e forte no jogo aéreo, destaca-se ainda pelo acerto na finalização com o pé direito. Apesar dos 32 anos, este será o seu primeiro Mundial e terá aqui um teste importante, num ambiente muito mais competitivo que as provas da CONCACAF...

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