quarta-feira, 11 de junho de 2014

Equador

Alexander Domínguez: Regularmente utilizado durante a fase de qualificação, irá discutir a titularidade, em teoria, com Banguera. Guarda-redes alto e elástico, demonstra velocidade nas suas acções e consegue ganhar alguns lances de um-para-um aos adversários. Embora fisicamente possante, não parece demasiado seguro por alto. Bom guarda-redes para o nível médio sul-americano, ainda assim...

Maximo Banguera: Guardião robusto e de estatura interessante, pretende arrebatar a titularidade ao habitual Domínguez. Inteligente na colocação e com bom jogo de pés, destaca-se pelas bolas longas que consegue colocar no ataque. Na sua pequena área, revela alguns problemas e parece algo lento a sair aos cruzamentos. Terá certamente uma palavra a dizer na discussão por um lugar no "onze" de Reinaldo Rueda.

Adrián Bone: Guarda-redes imponente (1,88 m), actua no El Nacional equatoriano, onde se consagrou como um dos melhores do campeonato na sua posição. Mostra bons reflexos, além de ser um especialista a travar grandes penalidades. Em teoria, será o terceiro guarda-redes, mas há quem diga que Rueda poderá vir a surpreender na hora da escolha...

Gabriel Achillier: Defesa-central ou lateral-direito, é uma das referências da defensiva equatoriana, embora a sua titularidade não esteja assegurada. Habitual titular do histórico Emelec, revela-se um jogador muito possante, forte no jogo aéreo e agressivo (por vezes de mais...). Dá uma saída de bola segura à sua equipa e é perspicaz a realizar intercepções de bola. Defesa interessante, deve melhorar, contudo, em termos disciplinares...

Jorge Guagua: Jogador possante, pode actuar como defesa-central ou médio mais recuado. Titular em 7 jogos da fase de qualificação, revela sentido posicional e qualidade no desarme, parecendo um dos defesas mais fiáveis desta selecção. Experiente e já a tocar as 60 internacionalizações, poderá ter aqui a sua despedida dos Campeonatos do Mundo.

Oscar Bagui: Outro defesa do Emelec, outra referência em termos de experiência na selecção equatoriana. Lateral-esquerdo correcto e forte em termos defensivos, revela qualidades em antecipação e na marcação, além de possuir uma saída de bola interessante (fazendo, inclusive, bons passes longos). Irá discutir a titularidade, em teoria, com Walter Ayoví...

Frickson Erazo: Titularíssimo na fase de apuramento (só falhou um jogo...), é talvez o melhor defesa-central desta selecção equatoriana. Não começou bem no Flamengo, mas com o tempo foi progredindo e neste Mundial poderá ter a sua hipótese de afirmação. Muito poderoso fisicamente e bastante alto (1,90 m), revela-se um jogador sólido e com bom desarme, embora ainda tenha algumas desconcentrações potencialmente fatais. No âmbito da selecção, não costuma, porém, falhar tanto...

Walter Ayoví: Em teoria, será o titular na lateral esquerda. Habitual titular nos mexicanos do Pachuca, revela virtudes técnicas muito interessantes, além de uma qualidade notável no cruzamento e até no remate de meia-distância. Defensivamente, é um jogador competitivo e que sabe muito bem como fechar o espaço. Pode ainda actuar como médio-defensivo/médio-centro, mas deverá mesmo começar na lateral. Se o Equador chegar longe, poderá até ficar mais perto das 100 internacionalizações ao serviço da Tri...

Juan Carlos Paredes: Titularíssimo na fase de qualificação (14 jogos no total, só falhou dois), já virou referência da equipa nacional equatoriana, o que lhe garantiu o passaporte para jogar no futebol inglês na próxima temporada (vai rumar ao Watford, do Championship). Projecta-se bem para o ataque, conduzindo bem a bola e mostrando ter boa qualidade de passe. Defensivamente, tem momentos nos quais deve recuperar melhor e fechar o espaço nas suas costas, mas, por norma, costuma cumprir. Será o titular na lateral direita, sem margem para dúvidas.

Michael Arroyo: Autor de um golo fantástico no recente amigável contra a Inglaterra, é uma das boas novidades desta convocatória. Depois de um ano brilhante ao serviço do Barcelona de Guayaquil, regressou ao Atlante mexicano, onde continuou a espalhar o perfume do seu bom futebol. Médio-ofensivo/avançado de boa qualidade técnica e potência, revela-se um rematador exímio, possuindo um interessante disparo de pé direito. Pode ser uma boa opção para agitar os jogos, sem dúvida!

Carlos Gruezo: Nascido em 1995, é um dos jogadores mais jovens deste Campeonato do Mundo e foi também uma das surpresas da convocatória de Reinaldo Rueda. Pouco utilizado no Estugarda, ficou em definitivo na selecção depois das excelentes indicações deixadas no estágio de preparação. Filho de um ex-futebolista (Carlos Grueso), revela boa técnica na saída de bola, embora ainda não arrisque muito nas subidas. Aguerrido e com bons conceitos tácticos, pode muito bem vir a ser uma das surpresas da selecção equatoriana neste Campeonato do Mundo. E, ainda antes de começar a rolar a bola, já se fala num suposto interesse do Chelsea neste miúdo...

Renato Ibarra: Ala/extremo bastante rápido e potente, será um suplente de luxo para jogadores como Antonio Valencia ou Jefferson Montero. Utilizado em 10 jogos de qualificação e regularmente titular no Vitesse, mostra qualidades ao nível no um-para-um, no passe e também no cruzamento. É capaz de acrescentar verticalidade ao ataque, embora seja também um jogador astuto a procurar a diagonal. Claramente, um dos elementos mais promissores da Tri.

Fidel Martínez: Conhecido como o "Neymar equatoriano" (pelo extravagante penteado e pela velocidade), diz-se que poderá sair para o Sporting no final deste Campeonato do Mundo. Fidel é um ala/avançado potente, rápido e vertical e que possui um bom disparo de pé esquerdo. Chega ao Brasil com 8 internacionalizações e 2 golos no currículo, nada mau para um jogador que só agora começa a despontar na selecção "tricolor".

Christián Noboa: Médio bastante rotinado e experiente, tornou-se numa das referências do meio-campo equatoriano ao longo dos últimos anos. Criativo e versátil, empresta qualidade de passe e uma boa visão de jogo à formação de Rueda. Intenso e bastante cumpridor do ponto de vista táctico, revela-se uma peça fundamental para o trabalho defensivo e de construção no meio-campo. Indiscutível na fase de apuramento (salvo uma ou outra excepção), será titular no Brasil, pela certa.

Antonio Valencia: Digamos que é, de facto, a grande referência desta selecção, sobretudo a nível internacional. Médio-ala direito, que também pode actuar como lateral em situações de aperto, demonstra qualidades em velocidade, acrescentando profundidade e qualidade técnica no corredor lateral. Prodigioso no um-para-um e excelente ao nível do passe e cruzamento, revela-se um jogador essencial a transportar a equipa para o ataque, dando sempre boas opções na fase de construção ofensiva. Autor de um exercício interessante mas sem ser excepcional no Manchester United, tem neste Mundial uma possibilidade de poder finalmente brilhar ao mais alto nível neste ano de 2014.

Luis Saritama: Jogador experiente, estará prestes a atingir a meia centena de internacionalizações pela selecção "tricolor". Este vai ser o segundo Mundial da sua carreira, depois da presença na edição de 2006. Médio-centro/ala com critério no passe, parece, no entanto, um jogador algo lento e sem a velocidade de reacção de outros tempos. Possui uma interessante qualidade de passe e visão de jogo mas não deverá jogar muito neste Mundial...

Édison Méndez: Disse recentemente que "este será o seu último Mundial e que tentará desfrutar ao máximo dele". Compreensível, dado que tem 35 anos, veremos agora se Reinaldo Rueda lhe irá confiar um lugar no meio-campo, depois do afastamento por lesão de Segundo Castillo. É o único jogador trimundialista nesta equipa, dado que já esteve nas edições de 2002 e 2006 (em 2010, o Equador não se apurou). Médio-defensivo robusto e sólido, soma mais de 110 internacionalizações pela selecção equatoriana, o que atesta bem que o factor-experiência pode vir a ser muito importante para Reinaldo Rueda durante este Mundial.

Oswaldo Minda: Experiente médio do Chivas USA, foi chamado à última hora para suprimir a baixa por lesão do habitual titular Segundo Castillo. A última vez que havia jogado pela Tri tinha ocorrido em Outubro de 2012, num empate na Venezuela (1-1), em jogo a contar para a fase de qualificação. Minda é um médio com boa saída de bola, vertical, embora pareça jogar algumas vezes de forma algo ralentizada. Será, muito provavelmente, uma opção de banco, apenas isso.

Felipe Caicedo: Avançado muito possante e potente, deverá fazer parelha com Enner Valencia na frente do ataque equatoriano. Actualmente no Al Jazira dos Emirados Árabes Unidos, onde é treinado pelo mítico Walter Zenga, revela-se um jogador com sentido de baliza e que sabe usar muito bem o seu físico para ganhar vários lances na área contrária. Com uma arrancada forte no último terço e qualidade de remate, tanto com o pé como com a cabeça, será, provavelmente, a referência mais fixa do ataque da selecção orientada por Reinaldo Rueda. Pode fazer estragos, sem dúvida.

Jefferson Montero: Um dos jogadores mais talentosos desta selecção, foi, sem dúvida, uma das figuras da fase de qualificação (3 golos em 13 jogos disputados). Rápido, vertical e forte no drible, melhorou bastante na resolução dos lances e tornou-se claramente mais incisivo no último golo. Dá assistências, marca golos e é sobretudo um jogador extremamente participativo na hora de criar desequilíbrios no último terço. Será titular neste Mundial, prova onde poderá carimbar o regresso ao futebol europeu.

Jaime Ayoví: Ponta-de-lança sem grandes rotinas, tem um registo interessante na selecção, embora não venha jogando demasiado no Xolos Tijuana. Avançado robusto e com sentido de baliza, não parece chegar ao Brasil em grande forma e a sua chamada foi, aliás, contestada por alguns comentadores e adeptos equatorianos. Provável opção de banco.

Enner Valencia: Vem de um semestre tremendo ao serviço do Pachuca e está claramente destinado a ser um dos titulares no ataque da Tri. Avançado rápido e vertical, Valencia foi o goleador-mor do torneio Clausura mexicano. Tem uma inteligência notável dos movimentos dentro da área, revela-se perspicaz a encontrar o espaço para o remate e aproveita muito bem o espaço nas costas dos centrais contrários. Além disso, sabe jogar de costas para a baliza e possui uma qualidade notável na finalização, com o pé e também de cabeça. Indiscutivelmente, um dos jogadores que mais pode aproveitar esta Copa para dar o salto para o futebol europeu.

Joao Rojas: Muito rápido e ágil, é mais um dos representantes do futebol mexicano nesta selecção equatoriana. Pode jogar mais por dentro ou como médio-ala. Tecnicamente é interessante, mas pode melhorar algo na definição de alguns lances. A sua potência e verticalidade pode-se revelar muito útil durante este Campeonato do Mundo. Provável suplente.

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