quinta-feira, 7 de junho de 2012

Euro 2012( antevisão)

Grupo A:
Polónia: Uma das anfitriãs deste Europeu, certamente não quererá decepcionar os seus adeptos na estreia deste tipo de provas em terras polacas. Treinada pelo experiente Francisczek Smuda, a Polónia tenta recuperar neste "seu" Euro o misticismo e a qualidade das selecções de 1974 ou de 1982. Habitualmente montados num 4x2x3x1, os polacos são aquela equipa capaz de se adaptar às diferentes circunstâncias de jogo. Contra os mais fortes opta por uma abordagem mais cautelosa, tentando depois o contra-golpe. É uma equipa que eu prevejo que possa vir a surpreender, sobretudo devido à qualidade individual de alguns dos seus jogadores( Lewandowski, Obraniak, Blaszczykowski...). Os testes de preparação correram bem aos polacos ( 3 vitórias em 3 jogos), que para este Euro apresentam uma nova estrela nacional, o jogador polaco de mais futuro, claramente: Robert Lewandowski, 23 anos, autor de 22 golos na última edição da Bundesliga, ao serviço do campeão Borussia Dortmund. No entanto, e felizmente para a Polónia, ele não está sozinho e certamente irá contar com ajudantes de peso como Blaszczykowski, Obraniak ou Piszczek.
Onze provável (4x2x3x1): Szcezsny; Piszczek, Wasilewski, Perquis, Boenisch; Polanski, Murawski; Blaszczykowski, Obraniak, Rybus; Lewandowski.

Rússia: É, aparentemente, a equipa mais forte do grupo A. Apresenta um conjunto sólido de jogadores, quase todos a actuar no campeonato russo actualmente, mas com passagens bem recentes pelos maiores campeonatos do futebol europeu. A estrela-maior da selecção orientada por Dick Advocaat continua a ser Andrey Arshavin, pelo menos para a generalidade dos analistas. No entanto, acho que este ano podem aparecer novas figuras, jovens ou experientes, como Dzagoev, Zhirkov ou Kerzhakov. Veremos se Izmailov se consegue finalmente revelar ao serviço da selecção, depois de uma boa época no Sporting. Espero bom futebol, aguerrido, disciplinado e ofensivo, por parte desta equipa. Os russos querem voltar a surpreender a Europa como em 2008( chegaram às meias-finais). Será que conseguem?...
Onze provável (4x4x2): Akinfeev; Anyukov, Berezutskiy, Ignashevich, Zhirkov; Zyrianov, Shirokov, Denisov, Dzagoev; Arshavin e Kerzhakov.

Grécia: Uma dúvida bem grande levanta-se quando penso nesta Grécia, versão 2012. Que é orientada por um grande treinador isso já todos sabemos ( e não digo isto por ser português). Agora, restam algumas questões: saber se os resistentes de 2004 ( Karagounis e Katsouranis) ainda serão capazes de segurar o meio-campo grego, se Ninis finalmente consegue sair da sombra de um jogador talentoso intermitente para passar para figura de primeiro plano, ou se esta Grécia será tão sólida defensivamente como a campeã de há 8 anos. Olhando para o "onze" provável salta uma figura deste Euro, à partida: Kyriakos Papadopoulos, de 20 anos, central de raiz, pode ainda jogar como trinco. Joga nos alemães do Schalke e é já nesta altura, em minha opinião, um dos melhores defesas centrais da Europa. Forte fisicamente, imponente nas alturas e com bom domínio de bola pode valorizar-se imenso neste Euro 2012. Resta saber se os companheiros ( e os adversários...) estarão pelos ajustes...
Onze provável (4x3x3): Tzorvas; Torosidis, Papadopoulos, Papasthopoulos, Holebas; Fotakis, Katsouranis, Karagounis; Gekas, Samaras, Salpingidis.

República Checa: Como sempre, estou muito expectante em relação à participação dos checos. Com um misto de jogadores experientes ( Cech, Rosicky, Plasil ou Baros) e de jogadores com muito potencial ( Kadlec,Suchy, Pilar ou Pekhart), a República Checa promete dar luta neste grupo super-equilibrado. O seleccionador, Michal Bilek, ex-internacional enquanto jogador, tem de congeminar uma estratégia eficaz para a difícil estreia no Euro, frente à Rússia. O único teste de preparação não correu bem ( derrota em Praga, 2-1, contra a Hungria) e o grande dia está a chegar. Parece tudo estar nas mãos de Cech e nos talentosos pés de Rosicky ou Plasil. Veremos se este misto de gerações e culturas futebolísticas resulta como em 1996( vice-campeonato) ou se fracassa como na última edição, na Suíça e Áustria...
Onze provável (4x2x3x1): Cech; Gebre Selassie, Sivok, Hubnik, Kadlec; Jiracek, Plasil ; Pilar, Rosicky, Rezek ; Baros.

Grupo B:

Portugal: A eterna incógnita. Os maus resultados dos jogos de preparação avolumaram as críticas e puseram a nu algumas fragilidades evidentes na Selecção de todos nós: consistência defensiva duvidosa, falta de um médio-defensivo completo e que seja o primeiro jogador a lançar o ataque e falta, sobretudo, de uma referência no centro do ataque. Creio que são as grandes lacunas da selecção das Quinas neste momento.
      No entanto, é importante acreditar na capacidade de superação destes jogadores, acreditar no seu valor individual e sobretudo confiar em Paulo Bento e no seu trabalho táctico e motivacional antes deste Europeu. Mais vale ter esperança, dar o benefício da dúvida do que optar pelo caminho do facilitismo e disparar a criticar sobre tudo e todos.
      Deve imperar a esperança e a ambição entre os nossos jogadores e deve haver, acima de tudo, uma união e uma entreajuda constante entre todos os elementos da comitiva nacional. Estes são os desejos de todos os portugueses. Que representem o seu país com honra, amor e dignidade como a malta de 1984, 1996 ou 2004. Devem ser 23 a remar para o mesmo lado e não Cristiano + 22. Embora seja inequívoco que o madeirense é a nossa grande figura e porventura a grande figura deste Euro 2012.
Onze provável (4x3x3): Rui Patrício; João Pereira, Bruno Alves, Pepe, Fábio Coentrão; Miguel Veloso, Raúl Meireles, João Moutinho; Cristiano Ronaldo, Nani e Hélder Postiga.

Alemanha: A rainha da Europa em busca do quarto troféu. E pode muito bem consegui-lo, tendo só que melhorar o entendimento defensivo ( os 5 golos sofridos pelos suplentes contra a Suíça mostraram que algumas alternativas ainda tremem) e porventura contornar os típicos tiques de arrogância germânicos ( não falo da equipa, mas do entusiasmo de adeptos, imprensa e até do director técnico, Oliver Bierhoff). Uma coisa é certa: quem se dá ao luxo de ter craques como Gotze, Reus, Muller ou Klose no banco está muito bem servido e pode ganhar qualquer competição em que entre. E com um treinador exigente e amante do bom futebol como Joachim Low, 2012 tem tudo para ser o ano da Mannschaft. Tudo está dependente das luvas de Neuer, da raça e velocidade de Lahm, do talento de Ozil ou da eficácia de Mario Gomez( Ah, e da anuência de Espanha, pois claro...).
Onze provável ( 4x2x3x1): Neuer; Lahm, Hummels, Badstuber, Boateng; Khedira, Schweinsteiger; Kroos, Ozil, Podolski; Gomez.

Holanda: Outra crónica candidata. Actual vice-campeã do Mundo, a Holanda, treinada ainda por Bert Van Marwijk, vai tentar o seu segundo título da história num Europeu. Em termos ofensivos, é uma autêntica "bomba", uma mistura incrível de talento, força, classe e golo. Da mesma maneira que Joachim Low deixa craques como Reus ou Muller no banco, também van Marwijk se vê confrontado com o dilema de deixar Huntelaar no "banco", perante o surgimento de um Afellay em grande forma e com Van Persie a reclamar um lugar solitário na frente de ataque. Não obstante toda a qualidade ofensiva, esta Holanda preocupa um pouco do ponto de vista defensivo. Ao assumir um jogo declaradamente aberto e de cariz ofensivo, deixa sempre a defesa desprevenida. Especialmente o lado esquerdo, onde falta claramente uma referência. E mesmo ao centro, a dupla Heitinga-Mathijsen ainda não me convenceu em definitivo. Enfim, algumas dúvidas sendo que uma coisa está prometida: estes holandeses, liderados por Van Persie, Sneijder, Robben e Van der Vaart prometem tornar os relvados da Polónia e Ucrânia mais bonitos, perfumando-os com um futebol de ataque a fazer lembrar as mais belas famílias da história do futebol holandês( Cruyff´s, Gullit´s, Van Basten´s...). Que comece o Euro, meus senhores!
Onze provável (4x2x3x1): Stekelenburg; Van der Wiel, Mathijsen, Heitinga, Bouma; De Jong, Van Bommel; Robben, Sneijder, Van der Vaart; Van Persie.

Dinamarca: A parente-pobre do "grupo da morte". É aquela selecção apontada à partida como estando fora da lista de candidatas a seguir em frente na competição. No entanto, vai ser a Dinamarca a decidir o futuro de boa parte das candidatas, pois se Alemanha, Holanda e até mesmo Portugal não ganham aos nórdicos hipotecam boa parte das chances de apuramento para os "quartos" e podem, de repente, ver a "fada boazinha" da história do grupo transformar-se na vilã inesperada. Com um grupo que mistura experiência e sangue novo, a selecção de Morten Olsen vai tentar dificultar ao máximo a vida aos 3 principais candidatos, tentando incluir-se numa eventual candidatura a quatro. Tendo no mago Eriksen a principal figura, o "onze" dinamarquês apresenta boas soluções, especialmente no centro da defesa, meio-campo e na zona do ponta-de-lança, onde impera o gigante Bendtner. No entanto, esta Dinamarca é um pouco frágil a defender nas laterais, o que deve obviamente reunir as atenções dos seus adversários. Veremos quem será o líder espiritual sem o experiente guarda-redes Sorensen, afastado por lesão. Apesar de tudo, aposto que esta Dinamarca pode causar alguns dissabores neste Campeonato da Europa. A seu tempo, veremos se é verdade ou não...
Onze provável (4x3x3): Andersen; Jacobsen, Kjaer, Agger, Simon Poulsen; Zimling, Kvist, Eriksen; Rommendahl, Krohn-Dehli e Bendtner.

Grupo C:

Espanha: Muitos dizem que este é o ano da Alemanha e que a Mannschaft é a equipa mais forte do Europeu. Sinceramente, continuo a achar a Espanha favorita à conquista do ceptro. Com um plantel de estrelas planetárias ao seu dispor, Vicente Del Bosque vai tentar repetir o feito de 2008, quando a Roja de Aragonés levantou o troféu com toda a justiça. Apesar das ausências, por lesão, de Puyol e David Villa, continuo a ver um grupo muito forte de jogadores, muito sólido e que mantém a qualidade de jogo que encantou o Mundo do futebol nos últimos anos. Jogadores preponderantes? Há muitos candidatos, mas destacaria três que eu creio que podem revelar-se imenso nesta competição: o mago Andrés Iniesta, o talentoso David Silva e o goleador Fernando Llorente, que, neste momento, em minha opinião, merecia claramente um lugar fixo no onze de Del Bosque. E depois temos as possíveis revelações do campeonato como Navas, Alba ou Mata. No fundo, toda uma constelação de estrelas. Um equipazo, misto de futebolistas rápidos e com pezinhos de lã. É só escolher señor Del Bosque!
Onze provável (4x3x3): Casillas; Arbeloa, Sergio Ramos, Piqué, Jordi Alba; Xabi Alonso, Busquets, Xavi; Iniesta, David Silva e Llorente.

Itália: Apesar de toda a história e mística que carrega às suas costas, só por uma vez a Squadra Azzurra conseguiu conquistar um Campeonato da Europa. Foi em 1968. Passaram, portanto, 44 anos e os italianos estão sedentos de voltar aos triunfos. Estarão reunidas as condições para que, já este ano, os italianos surpreendam a Europa do futebol? Afectados por um escândalo de apostas recentemente, os azzurri já provaram anteriormente que nos anos de escândalos desportivos ( seja apostas, corrupção de árbitros, resultados viciados) ou depois destes conseguem fazer brilharetes em grandes provas( 1982 e 2006 foram os anos...). Veremos como será agora em 2012. Com Balotelli como estrela-maior da carruagem, os comandados de Cesare Prandelli procuram a glória num grupo que tanto pode parecer acessível como se pode tornar num pesadelo. A bola está do lado italiano, claramente. Fazer frente a Espanha seria heróico, mas a prioridade é ultrapassar Croácia e Irlanda. Espero uma selecção forte defensivamente, com um meio-campo que mistura raça, combatividade e criatividade ao qual podemos juntar o perigoso e tecnicista ataque, provavelmente composto por Balotelli e Di Natale, com Cassano sempre pronto a ser chamado ao serviço.
Onze provável (4x4x2): Buffon; Abate, Ogbonna, Bonucci, Chiellini; De Rossi, Marchisio, Pirlo, Montolivo; Balotelli e Di Natale.

Croácia: Tenho sempre um bom feeling quando vejo o nome da Croácia à partida para uma grande competição. Não sei se é das lembranças da grande Croácia de Prosinecki ou Suker, o certo é que fico sempre na esperança que regresse uma selecção que traga o velho espírito de luta dos Balcãs. Treinados por um ex-defesa( Slaven Bilic, por sinal dos "durinhos"), os croatas vão tentar chegar à fase seguinte, numa luta que se prevê equilibrada com a selecção italiana. Liderados pelo díscipulo de Cruyff( só pelo número, atenção, embora seja muito talentoso), Luka Modric, os balcânicos vão, seguramente, apresentar um futebol atractivo, garantido por um meio-campo talentoso e um ataque móvel e eficaz. Defensivamente parece ser uma equipa a consolidar, especialmente ao centro. E muita atenção: para passar, Bilic vai ter de trabalhar a defesa, porque senão pode ir mais cedo para casa. Não seria um escândalo, tendo em conta a forte oposição, mas os croatas são um povo lutador e quando vão à guerra é para ganhar!
Onze provável (4x4x2): Pletikosa; Vrsaljkp, Simunic, Vida, Strinic; Srna, Modric, Vukojevic, Pranjic; Jelavic e Eduardo.

Rep.Irlanda: Acusados de jogar muito recuados e utilizando um estilo de jogo muito directo os irlandeses chegam ao Euro como sendo a aparente "outsider" do Grupo C.  E digo aparente porque, como vimos em 2004 com a Grécia de Rehagel, as aparências iludem. Orientados pela " Velha Raposa" Giovanni Trapattoni ( 73 anos e ainda por estas bandas!), os "verdes" vão tentar surpreender num grupo extremamente difícil. Muito depende do primeiro jogo, teoricamente mais acessível, frente à Croácia. Se os Irish vencerem, podem muito bem sonhar com os "quartos". Mas para isso seria ainda preciso uma traição de Trapattoni à sua amada e estimada pátria. O líder desta equipa é claramente Robbie Keane, embora este já esteja numa fase descendente da carreira ( 33 anos e já " aposentado" dos grandes palcos, dado que joga no LA Galaxy dos Estados Unidos). No entanto, boas surpresas podem aparecer nesta nova Irlanda. Jogadores como Gibson, McGeady ou Shane Long podem ser revelações deste campeonato. O meu veredicto: muito dificilmente passam. Jogam um futebol tosco, pouco elaborado e com as linhas muito recuadas e fechadas. No entanto relembro: foi assim que a Grécia ganhou em 2004. E mais não digo...
Onze provável (4x4x2): Given; Kelly, O´Shea, Dunne, Ward; Duff, Whelan, Andrews, McGeady; R. Keane e Doyle.

Grupo D:

França: Será o regresso à glória para os Bleus? Acredito que os comandados de Laurent Blanc podem, este ano, causar sensação na grande competição do futebol europeu. Liderados por uma geração de grandes talentos ( Benzema, Nasri, Ribéry à cabeça), os franceses querem voltar a brilhar numa grande prova, depois das decepções de 2008 e 2010, onde ficaram pela fase de grupos. Talento não lhes falta, capacidade de criar e concretizar oportunidades também não. Poderá, isso sim, faltar uma defesa sólida como a espanhola ou a alemã para assumir uma candidatura em definitivo. É óbvio que a variedade de opções dos franceses também não é tão larga quanto a do dueto de candidatos principais mas, mesmo assim, prevejo uma equipa pronta para a luta e à espreita de uma eventual queda de um dos favoritos. Benzema parece-me já um jogador feito para assumir o mítico "10" de Platini ou Zidane. É a figura francesa, no entanto, não "sobreviverá" sem o apoio de outros craques como Nasri, Ribéry ou Ménez...Chegou a hora do 4x3x3 de Blanc brilhar!
Onze provável (4x3x3): Lloris; Debuchy, Rami, Mexès, Evra; M´Vila, Nasri, Cabaye; Ménez, Ribéry e Benzema.

Inglaterra: Desconfio muito desta Inglaterra de Roy Hogdson. Venceu dois oponentes relativamente complicados na preparação ( Noruega e Bélgica), no entanto com muitas dificuldades, tendo sido dominado por largos minutos, em pleno Wembley, frente à refrescada e irreverente selecção belga. Pus-me a pensar: será estratégia à italiana, legado porventura deixado por Capello? Futebol de contenção, esperando o momento para dar o golpe em contra-ataque, portanto. Talvez. Sem Rooney nos dois primeiros jogos, podemos esperar uma missão espinhosa para os Hogdson Boys. Num grupo tão difícil, só resta aos ingleses o talento de um craque em grande forma (Ashley Young), a eficácia do menino de ouro do Man.United (Danny Welbeck) e a solidez do meio-campo( Parker e Gerrard). Sem Cahill, Lampard, Ferdinand ou Bent, este Europeu pode ser um pesadelo. Mas, se pelo contrário, for um sucesso, não haja dúvidas de que estes 23 vão ficar para a história. Talvez conhecidos como os Hogdson Boys, conforme muito já os chamam em Inglaterra...
Onze provável (4x4x2): Hart; Johnson, Terry, Lescott, A.Cole; Milner, Parker, Gerrard, Downing; Young e Welbeck.

Ucrânia: A anfitriã que levanta algumas dúvidas. Poderia ser o título da crónica dedicada à selecção orientada por um antigo craque da URSS, melhor futebolista europeu de 1975, Oleg Blokhin. A Ucrânia ficou inserida num grupo muito difícil, de facto. No entanto, conta com uma poderosa artilharia ofensiva pronta para o que der e vier ( Milevskiy, Yarmolenko, Voronin, Seleznev ou o craque Shevchenko). Também no meio-campo ofensivo conta com mais-valias como Aliev ou Konoplyanka. Porém, é na defesa que poderá residir o maior problema. Conforme se viu anteontem, frente à Turquia (derrota por 2-0), a defesa ainda é pouco sólida e quebra perante avançados desequilibradores e com faro de golo. Por isto tudo, caros leitores, tenho muitas dúvidas sobre o sucesso dos ucranianos. Mas, se Blokhin tiver sorte com o trabalho defensivo, pode ter algumas esperanças!
Onze provável (4x4x2): Pyatov; Butko, Rakitskiy, Kucher, Shevchuk; Tymoschuk, Aliev, Yarmolenko, Konoplyanka; Milevskiy e Voronin.

Suécia: Candidata a surpresa do Euro. Exageraria se dissesse que serão capazes de imitar a vizinha Dinamarca em 1992 ou a Grécia em 2004 ( circunstâncias diferentes...) mas acredito que com um Ibrahimovic em grande, secundado por uma bem trabalhada e musculada equipa, esta Suécia pode chegar longe. Muito depende do nº10 sueco. É, naturalmente, a figura maior desta selecção, treinada por Erik Hamren. Se Ibra não estiver em grande, os suecos quase que podem esquecer este Euro. No entanto, também é certo que sem a ajuda dos restantes companheiros em campo, o efeito-Ibrahimovic não será capitalizado. Além do avançado do Milan, ainda temos jogadores jovens, procurando afirmação europeia, como Elm ou Toivonen e possivelmente o fim de linha para veteranos como Isaksson, Mellberg ou Svensson. O comboio do Euro já chamou os suecos...Irão ficar por terra ou partir rumo ao sonho?...
Onze provável (4x2x3x1): Isaksson; Lustig, Granqvist, Mellberg, M.Olsson; Svensson, Kallstrom; Toivonen, Elm, Larsson; Ibrahimovic.

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