quinta-feira, 14 de junho de 2012

Dia 6 do Euro, Grupo B: E tudo Varela levou no dia em que Gomez voltou a ser rei














Dinamarca-Portugal 2-3

Uf!, suspirei no final da partida. Portugal conseguiu superar a primeira de duas batalhas rumo aos quartos-de-final, isto numa partida que aos 35 minutos parecia muito bem encaminhada para as nossas cores.

Curiosamente os primeiros 10 minutos nem foram famosos. Dinamarca a pressionar, equipa portuguesa a sentir dificuldades em soltar-se da pressão e a cometer alguns erros. Depois desse início algo encravado, o meio-campo e por consequência o jogo português, começaram a fluir (finalmente!). Primeiro remate com algum perigo foi aos 13 minutos, da autoria de Miguel Veloso, para defesa apertada de Andersen.  A equipa estava a soltar-se, no entanto, eram os dinamarqueses quem tinham mais bola.

Portugal estava a progredir e ao minuto 25 surgiu a primeira explosão de alegria na Arena de Lviv. Canto cobrado por João Moutinho e Pepe, num movimento "à Shevchenko", a desviar, ao primeiro poste, para o fundo das redes. Estava feito o primeiro golo neste Euro para Portugal! A equipa começou a ganhar ânimo, ascendente e a desquilibrar melhor o esquema sempre bem desenhado por Morten Olsen. E eis que aos 36 minutos, a nossa Selecção aumenta. Nani na direita assiste Postiga, que solta-se da pressão na área e atira com precisão, fazendo assim o segundo de Portugal. A vitória estava mais próxima...

Ou não...volvidos 5 minutos, a defesa portuguesa é apanhada em contra-pé, após cruzamento de Jakob Poulsen, ao qual Krohn-Dehli corresponde com uma assistência perfeita para o golo fácil de Bendtner. Este último movimento, especialmente, executado com a maior das facilidades. Um erro que poderia custar caro. Até ao intervalo Portugal ainda tentou aproximar-se do terceiro mas não conseguiu.

A segunda parte fica inapelavelmente marcada pelos falhanços de Cristiano Ronaldo (dois lances desperdiçados isolado, a prova de que o CR7 tem acusado a pressão de marcar), pelo segundo golo de Bendtner (desta feita Pepe, que estava a realizar uma exibição soberba, não esteve tão bem) e pela entrada do herói Silvestre Varela, que aproveitou cruzamento de Fábio Coentrão para marcar o golo da vitória (minuto 87) e colocar todos os lusitanos em delírio absoluto. Um jogo sofrido, com erros, mas no qual se viu um meio-campo claramente mais consistente (desta vez não jogou só Moutinho, também Meireles apareceu em bom plano). Venha a Holanda, venha a vitória e venham os "quartos"!














Holanda-Alemanha 1-2

Alemanha jogou no seu "quintal" claramente. Vitória que mostra a superioridade inequívoca dos germânicos neste grupo, equipa matreira, calculista, mas com momentos de futebol que deliciam qualquer espectador.

No primeiro tempo, a Holanda teve sempre mais bola mas nunca soube bem o que fazer com ela. Já os alemães foram tremendamente incisivos. Em 3 ou 4 oportunidades aproveitaram duas, sempre com os mesmos protagonistas: Schweinsteiger a assistir, Mario Gomez a facturar (minutos 24 e 38). A Holanda esticava pouco o jogo, os talentos desesperavam com este estranho desenho táctico de van Marwijk.

Já na segunda parte, finalmente o seleccionador holandês deu ânimo e largura ao jogo, colocando Van der Vaart e Huntelaar. Ainda assim, a defesa alemã continuava impenetrável. E o resto da equipa ia tendo cada vez mais bola, posse segura, jogo seguro, uma Alemanha competente e muito sábia. Que, de vez em quando, ia tentando também molhar a sopa. No entanto, ao minuto 73, Van Persie aproveitou ligeiro desequilíbrio na defesa alemã para marcar. Pensava-se que os holandeses iriam ganhar novo ânimo. Nada disso, o jogo permaneceu sob controlo alemão e o resultado não mais se alterou.

E sendo assim fica tudo para a última. Apesar de tudo a Holanda continua a ter hipóteses de apuramento e a própria Alemanha pode cair eliminada. Assim como Portugal, mesmo goleando os holandeses, desde que os dinamarqueses ganhem 3-2, 4-3, 5-4, por aí em diante. Contas estranhas estas, mas fica um desejo: em primeiro ou segundo lugar, queremos é a Selecção Nacional nos "quartos"!

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