quinta-feira, 21 de março de 2013

10 jogadores a seguir na Qualificação para o Mundial


Vladimir Darida (República Checa/Viktoria Plzen): Tem sido um dos destaques da grande época do Viktoria Plzen. Aos 22 anos, Vladimir Darida assume o papel de playmaker da selecção checa, apresentando-se como um dos maiores talentos da interessante nova vaga desse país. Posicionalmente varia entre o "10" na selecção e o médio-centro puro num duplo-pivote no Viktoria Plzen. Não é um jogador robusto nem muito intenso, mas a sua qualidade técnica é inquestionável. Sai bem a jogar, tem excelente controlo de bola e visão de jogo. Um destro que vai crescendo, tanto técnica quanto tacticamente. No difícil duplo compromisso da selecção checa (Dinamarca e Arménia), a sua qualidade e responsabilidade táctica podem revelar-se fundamentais.

Daryl Janmaat (Holanda/Feyenoord): Lateral forte ofensivamente, excelente a garantir apoio e capaz de fazer diagonais. Daryl Janmaat, 23 anos, ganhou a lateral-direita da selecção holandesa, graças à época de grande regularidade que tem vindo a rubricar no Feyenoord. Apesar de apoiar bem o ataque, tem de melhorar nalguns pormenores a defender. Ainda assim, bem posicionado, é um jogador agressivo e forte, até pela sua compleição física. Claramente a seguir!

Vlad Chriches (Roménia/Steaua Bucareste): 23 anos, 1,84m, chamam-lhe o "Thiago Silva romeno". Exagero? Por enquanto sim. Não é um defesa consolidado mas para lá caminha. Tem boa técnica (não é incomum vê-lo tentar uma finta), e é elegante na maneira como joga. Se lhe derem espaço até rematar (de pé direito) sabe. Defensivamente é um jogador interessantíssimo, costuma estar bem posicionado e, graças à sua técnica, dá uma boa saída de bola. Terá de estar ao mais alto nível nesta semana, potencialmente decisiva para um possível apuramento romeno para o Brasil. A sua selecção joga na Hungria e na Holanda, sendo que, mais do que nunca, necessita de um Chriches imponente, a defender e nas saídas para o ataque.

Juan Cuadrado (Colômbia/Fiorentina): Um dos craques da nova e entusiasmante geração colombiana. Tem 24 anos e tem sido um dos artífices da magnífica época da Fiorentina de Vincenzo Montella. Em Itália, costuma jogar como lateral num esquema de defesa a 3, sendo que foi também testado recentemente a extremo (e com sucesso, diga-se!). E é precisamente nessa posição que José Pekerman o costuma colocar na selecção. Cuadrado tem sido uma das grandes revelações dos grandes campeonatos europeus nesta temporada. Acho que o colocaria num "onze" ideal, definitivamente. Fortíssimo no um-para-um (desde Asprilla que a Colômbia não tinha tamanho desequilibrador nesses duelos), dá profundidade, sendo que também consegue interiorizar o seu jogo. É um jogador rápido e tecnicamente dotado. Remata e cruza de pé direito. Não é um finalizador e nem sequer tem grande registo de assistências (4 assistências e 2 golos em 27 jogos na Série A). Mas a sua participação na construção ofensiva da Fiorentina e da selecção cafetera é claramente de acompanhar. Grande projecto de jogador.

Biras Natcho (Israel/Rubin Kazan): É provavelmente o jogador mais interessante que Portugal irá defrontar amanhã, em Ramat Gan. Biras Natcho, 25 anos, é a referência do meio-campo defensivo da selecção israelita e dos russos do Rubin Kazan. Protege com critério, equilibra a equipa, tem boa visão de jogo e sai bem a jogar, com a bola controlada. É o organizador de jogo desta equipa. Já o vi jogar pela esquerda, direita e um pouco mais adiantado, mas, entretanto, estabilizou mais atrás. Paulo Bento e os jogadores portugueses terão de o ter em atenção. "Asfixiando" Natcho, o jogo criativo na 1ª linha de meio-campo israelita quase que desaparece.

Aleksandr Martynovich (Bielorússia/FK Krasnodar): Quando o vi jogar, pareceu-me um defesa para algo mais do que o Krasnodar (equipa do médio da tabela da Liga russa). Joga preferencialmente como central, embora possa também actuar do lado direito da defesa. A defesa bielorussa é um autêntico passador, no entanto, individualmente, Martynovich parece-me um jogador interessante de seguir. Alto (1,92m), rápido, forte na marcação, rouba muitas bolas, graças ao seu interessante sentido posicional. A recente exibição no campeonato frente ao CSKA Moscovo foi um compêndio de como bem defender: roubou praticamente todas as bolas, deu alguma saída de bola, revelou jogo aéreo forte e uma leitura em antecipação sublime. Falta-lhe somente ser mais regular para poder crescer para outro patamar.

David Alaba (Áustria/Bayern Munique): Actualmente, parece-me a maior referência do futebol austríaco. David Alaba, preferencialmente lateral/ala esquerdo, embora possa jogar a médio-centro, é um jogador atlético, com grande projecção ofensiva e bastante rápido. O corredor esquerdo é quase todo dele. Apoia e dá profundidade, além de defender com muito critério. É um jogador que não sendo defesa de formação tem crescido imenso desse ponto de vista. Apesar de ainda cometer alguns erros (geralmente compensados por Dante). Na selecção deverá regressar às origens (médio-centro), com Fuchs a lateral-esquerdo. No 4x2x3x1 de Marcel Keller, parece-me que pode ser mais influente por aí, até porque mais à frente joga Arnautovic, extremo/avançado mais móvel. Portanto Alaba é, sem dúvida, um jogador para ver com atenção. Parece ter uma energia inesgotável. E energia é algo que a Áustria vai necessitar se pretende continuar a sonhar com a presença no Brasil.

Heung-Min Son (Coreia do Sul/Hamburgo): Será, porventura, a next big thing asiática a sair da Bundesliga para um grande campeonato (ou a mudar-se para um grande da Bundesliga). Heung-Min Son, 20 anos, é uma estrela em ascensão. Esta época já leva 9 golos na Bundesliga. Acompanhar o seu crescimento no Hamburgo tem sido muito interessante. Bastante móvel e explosivo, costuma actuar, preferencialmente, do lado direito do ataque, embora possa jogar no centro e até na esquerda. Remata com os dois pés, sendo que tem um forte disparo. Em velocidade, embalado, é um jogador difícil de parar. Defronta na terça-feira a selecção do Catar. Vejam o jogo, se puderem. Irá valer a pena, seguramente!

Christian Benteke (Bélgica/Aston Villa): Aos 22 anos, o avançado do Aston Villa tem sido uma das peças-chave de uma Bélgica candidata a regressar aos Mundiais pela porta grande. Benteke, avançado corpulento e poderoso, leva já 2 golos na fase de qualificação. Na Premier League, em 27 jogos, leva 13 golos (no total da época são 21 em 35 jogos). Destaca-se pelo jogo aéreo (1,92 m) e pela sua mobilidade nos espaços mais adiantados. Recebe muito bem de costas para a baliza, chegando a ir muitas vezes fora da área para receber e jogar em apoio. Além dos cabeceamentos, tem também um pontapé de pé direito muito forte. Um avançado para equipa grande, dentro de pouco tempo. No duplo compromisso que a Bélgica terá frente à Macedónia, não tenham dúvidas de que ele poderá vir a ser um dos heróis de serviço.

Aleksandr Kokorin (Rússia/Dinamo Moscovo): Avançado de 22 anos, actua no centro do ataque, embora também possa jogar descaído na esquerda. Aleksandr Kokorin tem sido opção regular de Fabio Capello nesta fase de qualificação para o Mundial 2014. Não é muito alto (1,83m) mas é um jogador com muita mobilidade. Capaz de finalizar dentro da área (preferencialmente de pé direito), também o consegue fazer vindo da ala para dentro. É relativamente rápido e capaz de finalizar com qualidade técnica ou em força. Leva 9 golos em 19 jogos na Liga russa, um registo muito interessante. Além disso, tem crescido muito com a titularidade na selecção russa. Potencialmente decisivo no confronto de amanhã na Irlanda do Norte, assim como já o foi, por exemplo, no jogo em Israel.

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